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Opinião

Sandro Blume: “Reminiscências de Dona Wally e os caminhos da Rota Romântica no Morro Reuter

RedaçãoPor Redação9 de setembro de 2024Atualizado:9 de setembro de 20246 Mins Leitura
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Caminhos dos Platanos BR-116
Haverá equipes em movimentação também na subida à Serra. Foto: Divulgação
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Num final de tarde, os raios suaves do sol se despediam entre os galhos e folhas dos imensos Plátanos à beira da BR 11. Tinha sido uma tarde escaldante. Uma suave brisa tentava expulsar o último calor ainda alojado nos cantos sossegados da moradia centenária onde residiam Arno e Wally Schneider. Devia ser numa dessas tardes do final do mês de Janeiro.

De forma habitual, Dona Wally estava sentada na varanda da casa aguardando a chegada da lua num céu desprovido de nuvens. Esse entardecer lhe despertava lembranças. O fluxo de veículos na rodovia já estava diminuindo, pois já fazia algum tempo que as fábricas de calçados tinham encerrado sua jornada de trabalho, e os operários já deviam estar todos em suas casas. A rodovia estava deixando se envolver pelo silêncio da noite. Até parecia a BR-116 dos anos de 1940…

Mesmo sem asfalto, que somente viria por volta de 1956, a estrada federal proporcionava na época uma procissão diária de carros, ônibus e caminhões. Todos os que saíam do Rio Grande do Sul para chegar ao centro do país passavam pela rodovia e por Morro Reuter. De fato, a construção da Estrada Federal no começo da década de 1940 inaugurou uma era de prosperidade e progresso.

A produção agrícola de localidades como Dois Irmãos, Morro Reuter e Picada Café podiam ser escoadas com mais facilidade. Da mesma forma, o traçado da nova rodovia que cortava o Morro Reuter, traria desenvolvimento e visibilidade ao local, até então inéditos.

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A instalação de uma rodoviária proporcionou o surgimento de restaurantes no seu entorno, para satisfação dos paladares de passageiros de ônibus como Pluma, Penha e Frederes. Estes, provenientes do centro do país, com destino a Porto Alegre, faziam uma parada na estação rodoviária do Morro Reuter para tomar um sofisticado café colonial, justificando a fama decorrente da efervescência gastronômica percebida na localidade naqueles tempos.

A idade de Dona Wally muitos desconheciam, mas devia estar perto dos noventa anos. Guardava lembranças de adolescente, tanto da estrada federal, quanto do Morro Reuter. Lembrava dos ciganos e descendentes de indígenas que cruzavam pela rodovia, oferecendo ervas, raízes e cipós da Amazônia, com supostos poderes medicinais quando consumidos em formato de chá.

Em troca desses suportes medicinais, os viajantes pediam algum produto da propriedade do colono, tais cimo galinhas, feijão, banha ou algum pote de schmier. Em algum momento do ano “pagadores de promessas” percorriam o trajeto Porto Alegre-Caxias. Nos ombros carregavam pesadas cruzes de madeira. Ao longo da jornada abasteciam-se com comida e água na casa dos colonos, além de pernoitar em algum galpão à beira da estrada.

Pela BR 116 das memórias de Wally, até mesmo presidentes da república se deslocavam de Porto Alegre para a Festa da Uva em Caxias do Sul. Nessas ocasiões, os militares deixavam os quartéis, formando pequenas bases operacionais ao longo do trajeto Porto Alegre-Caxias do Sul, visando garantir a segurança do presidente. Como tudo acontecia dias antes da comitiva presidencial passar, era intensa a circulação de caminhões e jipes transportando soldados, tudo numa atmosfera de interação harmoniosa com os moradores locais.

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No núcleo urbano de Morro Reuter, não muito distante da casa de Dona Wally, outrora ficava a estalagem de Albino Sperb. O local era ponto de parada para repouso de tropeiros e mascates que desciam da serra com suas tropas de mulas e mercadorias. A hospitalidade era uma marca registrada. Sperb havia adquirido as instalações da família Reuter, que durante muitos anos também havia oferecido pernoite para os viajantes e pasto para os animais. Em seguida os Reuter se estabeleceriam em Campo Bom, porém, a sua passagem pela região foi suficiente para legar o nome ao local, que passaria a ser denominado de Reutersberg desde então. Antes disso, o Morro Reuter era uma extensão da Baumschneis (Dois Irmãos).

Recuando no tempo, os primórdios de localidades como Morro Reuter, Walachei e Santa Maria do Herval (todas pertencentes ao município-mãe de Dois Irmãos) nos remetem a uma topografia com vales profundos e montanhas escarpadas onde picadas e linhas formavam a colônia alemã de São Leopoldo. Contingentes imigrantes de diversos Estados de língua alemã, formados por colonos sem terra, pequenos artesãos, presos extraditados e soldados vieram atraídos pela propaganda do Império Brasileiro e se estabeleceram nessa região ao norte de Dois Irmãos.

No começo do ano de 1829, de Echternach, Grão-ducado de Luxemburgo, veio o imigrante Mathias Mombach acompanhado de sua família. Alferes e membro da guarda pessoal do Imperador Napoleão Bonaparte, Mathias Mombach possivelmente tenha se aventurado rumo à terras desconhecidas no outro lado do Atlântico muito em função das perseguições implementadas na Prússia, aos considerados “inimigos da pátria”, que haviam lutado ao lado de Napoleão. Transpondo o morro de Dois Irmãos, Mombach fundou o Walachai.

Desse personagem épico dos primórdios do Morro Reuter, Dona Wally muito ouvira falar através de histórias contadas. Tratava-se de uma época muito anterior à construção da Estrada Federal. Do passado, restaram os ecos das crianças gritando para os carros em movimento: Figoooo. Morangoooo. Ao longo da rodovia, tendas que comercializavam produtos dos colonos, crianças vendiam flores, morangos e figos, embelezando um cenário bucólico, em meio a plátanos plantados anos antes.

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Nesse cenário rememorado e vivenciado por Dona Wally, permeado de romantismo e de cenários bucólicos, no ano de 1996, viria a se constituir a Rota Romântica. Uma associação com ações concretas objetivando estimular o turismo e preservar culturas e tradições locais. Inclusive adotando como símbolo a folha do plátano, que cai da árvore no outono, depois de ter adquirido diversos matizes.

Agora a noite desceu por completo e Dona Wally está prestes a se recolher para dentro de casa. O silêncio na rodovia agora está completo. Mas Dona Wally parece ter escutado vozes de crianças que gritavam ao longe: “Figooo”, “Figooo”. Eram assim que seus filhos e sobrinhos gritavam às margens da rodovia quando percebiam a aproximação de algum carro, erguendo os pratinhos com a fruta organizada em forma de pirâmide. Mas ela sabe de que aquelas vozes são oriundas da sua nostálgica imaginação, amarrada a uma época que permanece presente, num formato passional, apenas em seu coração.

Sandro Blume pesquisador historiador e escritor foto arquivo pessoal*Por Sandro Blume
Mestre em História, escritor e professor

 

 

 

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Morro Reuter Opinião Rota Romântica
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