Documento considera que o ataque às embarcações – que deixou nove mortos – usou força desproporcional e “violência totalmente desnecessária”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um grupo de três especialistas internacionais concluiu que a ação militar israelense contra os navios que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza em maio e violou gravemente os direitos humanos e a lei humanitária internacional.
Os estudiosos, escolhidos pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, também afirmam que o bloqueio de Israel a Gaza causou uma crise humanitária, o que é igualmente ilegal.
O relatório considera que o ataque às embarcações – que deixou nove mortos – usou força desproporcional e “violência totalmente desnecessária”. Por outro lado, os peritos afirmam que os israelenses têm o direito de lutar por sua segurança e que atirar foguetes contra o território deles, desde a Faixa de Gaza controlada pelo Hamas, também é uma violação ao direito humanitário.
Israel, que diz que os ativistas no navio foram mortos quando eles atacaram seus militares, já havia declarado que não trabalharia com os especialistas da ONU. No entanto, deixou claro que concordaria em cooperar com investigação feita por um grupo apontado pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.
Muitas nações acreditam que o Conselho, no qual países islâmicos e seus aliados são maioria, concentra-se principalmente no tratamento que Israel dá aos palestinos, deixando de lado outras questões de direitos humanos.
Conflito
Nove ativistas turcos morreram em 31 de maio, quando soldados israelenses invadiram barcos que levavam ajuda humanitária à Gaza. Os ativistas pró-palestinos tentavam furar o bloqueio militar imposto à região desde 2007, quando o grupo terrorista Hamas ganhou força.
Israel afirma que seu bloqueio é necessário para evitar o acesso de militantes islâmicos a armas e justifica o ataque dizendo que os ativistas pró-palestinos enfrentaram seus comandos com facas e barras de metal.
Sob pressão para apurar o incidente, o governo israelense iniciou uma investigação com dois observadores internacionais.
Informações de Veja
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