Estimativa divulgada é de que 0,5% da população brasileira adulta faça uso não médico de analgésicos de prescrição.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um relatório sobre o consumo de drogas no mundo aponta o uso abusivo de medicamentos no Brasil e a estabilidade no consumo de drogas ilegais. Os dados foram divulgados na quinta-feira, dia 23, pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes – UNODC.
Em toda a América do Sul, a estimativa é que entre 0,3% e 0,4% da população adulta (15 a 64 anos) faça uso não médico de opióides (analgésicos) de prescrição, com um total de usuários variando entre 850 mil e 940 mil. No Brasil, o percentual chega a 0,5%. O documento indica uma alta prevalência de consumo desses medicamentos também na Costa Rica (0,5%) e no Chile (0,6%).
Durante o lançamento do relatório, o diretor de Assuntos Internacionais da Secretaria Nacional Antidrogas – Senad, Vladimir de Andrade, destacou as estratégias adotadas pelo governo brasileiro em relação ao consumo de substâncias controladas, como a retenção de receita médica e a proibição de misturas.
Este ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa levantou a possibilidade de proibir a comercialização de emagrecedores, alegando que os riscos à saúde superam os benefícios – mesmo quando as drogas são prescritas.
O representante do Unodc para o Brasil e o Cone Sul, Bo Mathiasen, afirmou que, em todo o mundo, cerca de 210 milhões de pessoas (4,8% da população com idade entre 15 e 64 anos) usaram drogas ilícitas pelo menos uma vez nos últimos em 2010.
Mathiasen esclarece que o principal problema do consumo abusivo das drogas lícitas é a falta de controle por parte das autoridades. “O risco principal dos sintéticos é o uso não controlado do medicamento. Precisa de observação e monitoramento médico, mas a pessoa cria dependência. O Brasil tem feito vários esforços no controle. No mercado europeu, as drogas sintéticas são vendidas pela Internet.”
Informações de portal G1 e Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / institutosabin