Vicente Cândido teria dito que “seria injusto penalizar um setor da economia com a proibição”, durante visita ao estádio do Corinthians.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) teria afirmado que combinou a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e com o diretor de seleções da CBF, Andrés Sanches, em reunião na semana passada sobre a mudança no Estatuto do Torcedor.
É o que informam as edições dos jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo desta terça-feira, dia 31. Cândido (foto) é relator da Lei Geral da Copa e teria feito a afirmação nesta segunda, 30, durante visita às obras do estádio do Corinthians, em Itaquera.
“Mostramos que seria injusto penalizar um setor da economia com a proibição”, disse o relator. “Num estádio como esse, que terá 18 pontos de venda de comida, seria injusto não poder comercializar bebida alcoólica.”
A mudança teria que ser alterada no artigo 13 do Estatuto do Torcedor, que foi incluído em 2010 e trata da segurança dos torcedores em eventos esportivos: “não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”. A alteração precisaria, no entando, da aprovação do Congresso. Atualmente, a maioria dos estados do Brasil possuem leis que proíbem a venda de bebidas alcoólicas, assim como há uma regra da CBF que impede a comercialização em seus campeonatos.
“É um compromisso que foi assinado”,
argumenta secretário geral da Fifa
A Fifa tem pressionado a liberação de bebidas nos estádios durante a Copa, já que possui uma empresa fabricante de cerveja como um dos seus principais patrocinadores. “Em relação à venda de cerveja nos estádio, sempre fizemos isso em todas as Copas e nunca houve problema”, argumenta o secretário geral da federação, Jérôme Valcke.
“É um compromisso que foi assinado quando o Brasil soube que receberia o Mundial. É claro que também é uma questão comercial. Podemos discutir, mas não podemos esquecer que 95% da renda da Fifa vem de Copas do Mundo. E esse dinheiro é todo investido no futebol. Não nas federações mais ricas, que já têm muito dinheiro. Mas algumas associações dependem de nós para sobreviver. Sem o dinheiro da Fifa, elas não existiriam.”
Informações de GloboEsporte.com
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