No ano passado, houve 400 milhões de atendimentos em todo o Brasil. Das 75.916 reclamações registradas na ANS, cerca de 75,7% foram relacionadas à cobertura do serviço.
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O número de reclamações registradas no Brasil quintuplicou entre dezembro de 2002 até setembro de 2012. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, o número de queixas passou de 16.415 para 75.916, o que apresenta um crescimento de 362%.
No mesmo período, o número de planos de saúde em atividade no Brasil caiu 36% (de 2.407 para 1.542). Enquanto isso, a quantia de beneficiários, incluindo aqueles com planos exclusivamente odontológicos, ganhou aproximadamente 32 milhões de novos usuários.
De acordo com a ANS, além da elevação da base de clientes, o incremento no número de reclamações foi resultado, entre outros fatores, de uma atuação mais rigorosa da agência.
Para Bruno Sobral, diretor do órgão, a autarquia ganhou visibilidade após se tornar uma espécie de “porto seguro” para consumidores descontentes com seus planos de saúde. Com isso, a medida acaba criando garantias para que suas demandas sejam solucionadas e incentivando, assim, o registro de mais queixas. Já para a FenaSaúde, órgão que representa 15 grupos empresariais do setor, a multiplicação das queixas “não reflete, necessariamente, um aumento dos problemas”.
Líder de reclamações
De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec, há mais de dez anos, os planos de assistência médica são os principais “vilões do consumo” do país, liderando o ranking de atendimentos no órgão.
A constatação, feita com base no cruzamento de informações de Procons Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de todo o Brasil, indica que as principais queixas dos segurados se referem à negativa de cobertura (quando o usuário é impedido de receber determinado tratamento mesmo ele estando previsto no plano), reajuste por faixa etária e anual e descredenciamento de prestadores de serviço.
A lentidão no julgamento dos processos contra os planos de saúde também é criticada. O mesmo levantamento do Idec mostra que, no período analisado, o tempo mediano de resolução para reclamações sobre negativa de cobertura foi de 21 dias em 2011 e 29 dias em 2012.
Informações de BBC
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