Em operação recorde, o órgão apreendeu o equivalente a 135 milhões de reais. Itens falsificados serão destruídos e os originais, leiloados.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A Receita Federal de São Paulo informou na manhã desta quinta-feira, dia 18, que apreendeu 110 toneladas de produtos, com valor estimado em R$ 135 milhões, na Operação Leão Expresso 2010.
Esta foi “a maior apreensão da história da Receita Federal do Brasil”, conforme o órgão. A operação durou 108 dias e foi realizada entre 14 de julho e o fim de outubro.
De acordo com a Receita, 130 empresas físicas e jurídicas importavam ilegalmente essas mercadorias apreendidas. Elas foram autuadas e vão responder administrativamente. A Receita enviou ainda ao Ministério Público Federal notícia-crime para que as empresas também respondam criminalmente. A punição pode ser um a quatro anos de reclusão.
Em depósito da Receita no bairro do Ipiranga, na capital paulista, os produtos foram empilhados e encaixotados. Alguns foram retirados para apresentação à imprensa e, em sua maioria, estão celulares de diversas marcas, jogos eletrônicos, óculos, relógios, câmeras e itens de vestuário, como bolsas e blusas.
De acordo com o superintendente da Receita em São Paulo, José Guilherme Vasconcelos, cerca de 70% dos itens são falsificados. Os demais são produtos originais, mas importados de forma irregular.
“É a maior operação de apreensão. Temos muitos itens falsificados, mas também originais. Há casos de falsificados bem próximos aos originais. E temos também falsa declaração de produtos: quem declara determinada mercadoria, mas traz uma de maior valor para fugir aos impostos”, exemplifica Vasconcelos.
“A falsificação de produtos é hoje o crime da década. Tudo é copiado, tudo é falsificado. Isso traz enormes prejuízos para investimentos em tecnologia, mercado de trabalho. E a Receita combate isso.”
Conforme o superintendente da Receita, todos os itens falsificados serão destruídos. Já os originais serão leiloados, doados ou incorporados ao patrimônio público.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / Mariana Oliveira-G1