Titular da 3ª DP afirma que perícia não mostra sinal de luta dentro do veículo em que Nicolas de Freitas e Brunno Kirsch morreram.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O homem que matou Nicolas Gottschald de Freitas, 21 anos, e Brunno Zimmermann Kirsch, 22, na madrugada de 07 de outubro em Novo Hamburgo é, na verdade, um rapaz: chama-se William Gabriel da Silva e tem 19 anos.
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William, identificado como o atirador, estava com Jacson da Cruz Souza, 20, e Cleiton Schilke, 21, no momento do crime. Os três foram presos nesta terça-feira, dia 23, confessaram e devem cumprir pena na Penitenciária Modulada de Montenegro. Por enquanto, estão recolhidos temporariamente por 30 dias.
Os rapazes presos afirmam que a intenção era levar um carro, dinheiro e celulares das vítimas e um amigo, que conseguiu fugir dos criminosos depois de presenciar a morte de Nicolas e Brunno e pediu para não ser identificado. Deveria ser “um assaltinho comum, um simples roubo”, disse William. Acabou matando os jovens devido a uma suposta reação no trajeto entre o centro da cidade, onde os três amigos foram abordados, e o bairro Canudos.
“Ele tentou pegar ‘o cano’, achou que seria fácil, mas eu não sou bobo”, declarou o suspeito de ser o atirador. “Se ele pegasse o cano me mataria. Era ele ou eu. Então atirei.”
O titular da 3ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, Alexandre Quintão, relata que, conforme a perícia, não houve luta dentro do veículo. “Não houve reação das vítimas”, sustenta. “Continuo acreditando que eles optaram por matar os jovens.”
Depoimento: o que aconteceu
na madrugada de 07 de outubro
Os suspeitos declaram que saíram cedo para beber na noite daquele sábado, dia 06. O dinheiro acabou e resolveram conseguir mais assaltando alguém. William era o único armado e sentou no banco de trás com as três vítimas. A polícia agora procura o revólver calibre 38 usado na ação – já encontrou um celular, de uma das vítimas, e as roupas usadas por William naquela noite.
Nicolas foi assassinado primeiro. Por isso, William teria resolvido matar os outros dois rapazes. A terceira vítima tentou pegar o revólver e, de acordo com o atirador, só não foi morto porque o tambor da arma teria se aberto.
Informações de Zero Hora
FOTO: Miro de Souza / Agência RBS