Avaliação é de um dos responsáveis pelos cálculos dos índices de inflação na FGV. Alívio pode vir até para a terceira idade.
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A comparação da retirada de tributos de itens da cesta básica e do reajuste no preço dos remédios indica mostra que a queda de um compensa a alta de outro.
O economista André Braz, um dos responsáveis pelos cálculos dos índices de inflação na Fundação Getulio Vargas – FGV, em entrevista ao jornal Zero Hora, avalia que o consumidor pode esperar um alívio no bolso com as medidas. É que, segundo ele, as famílias brasileiras costumam gastar 5% da renda com os itens desonerados da cesta básica, e 3% com remédios.
Braz afirma que, na ponta do lápis, haverá alívio até para a terceira idade, que gasta entre 6% e 7% da renda com remédios e com alimentação. A eliminação do PIS/Cofins de alimentos e de produtos de higiene tem o potencial de reduzir em 0,3 ponto percentual o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA esperado para o ano (em torno de 5,5%). A pressão do reajuste dos remédios seria de 0,15 ponto percentual.
Alerta para efeito apenas a curto prazo
O Banco Cooperativo Sicredi compartilha da opinião de Braz. “A desoneração da cesta básica é algo que se espera vir para ficar, enquanto o aumento dos remédios acontece todo o ano na mesma época”, aponta Alexandre Barbosa, economista-chefe da instituição, que prevê que o IPCA ficará em 5,9% em 2013, sem romper o teto da meta de 6,5%. “O único porém é que este é um efeito de curto prazo porque a inflação também tem uma relação com aumento de consumo.”
Os cálculos de Braz, da FGV, indicam que as altas de preços dos remédios e dos combustíveis têm potencial de pressionar para baixo o IPCA deste ano em 0,78 ponto percentual. Os reajustes na conta de luz e de supermercado impactariam em 0,28%.
Informações de Zero Hora
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