Reprovação em exame considerado de nível fácil e médio pelo órgão não impede que profissional deixe de ter o registro.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
De cada 10 médicos que se formaram no estado de São Paulo no ano passado, seis foram reprovados na prova do Conselho Regional de Medicina – Cremesp. Entre as questões que apresentaram o maior número de erros, estavam os cuidados para tratar alguém que sofresse de pressão alta ou tuberculose.
Aplicada há nove anos, este é o segundo pior resultado do exame. Enquanto a reprovação chegou a 54,5% em 2012, este número saltou para 59,2% neste ano. O número de reprovados em escolas públicas foi de 33,9%, já em instituições particulares, 71%. No entanto, o desempenho do exame apresenta variações de acordo com o colégio.
Uma das questões envolvendo o principal sintoma da tuberculose (tosse por três semanas seguidas ou mais) chegou a ser errada por 64% dos estudantes. Numa pergunta referente as medidas para diminuir o risco em uma paciente hipertenso, 67%.
O exame do Conselho é considerado de nível fácil para médio. Ele avalia apenas o básico da formação. A instituição defende que os alunos reprovados retornem para sala de aula. Embora seja obrigatório fazer o teste, ele não impede os reprovados de conseguirem o registro de médico.
“Nós defendemos que o indivíduo que se mostrar incompetente em uma avaliação de baixa complexidade, não se torne médico, que ele continue na escola e prolongue o seu período de internato”, disse o Cremesp.“No ano seguinte, ele refaça o exame para avaliar se adquiriu conhecimento suficiente para a sua atividade”, finaliza.
Informações de Portal G1
FOTO: ilustrativa / autoescolasilva.com.br