Tem momentos na vida em que o nosso caminho está direcionado ao nada; isto mesmo: ao nada. Eu quero dizer que ficamos de bobeira, sem rumo (mas não perdidos), absorto com uma realidade não percebida por muitos como o farfalhar das folhas, o gotejar de uma fonte, o soluçar de um coração apaixonado.
Não podemos viver em castelos imaginários, mas podemos construí-los a qualquer momento e em qualquer lugar. Para que isto aconteça é necessário muito pouco, quase nada como um lugar calmo, tranqüilo e sossegado, deixando a margem nossos problemas e dilemas. Quando pequeno e até a presente data admiro as nuvens e vejo nelas os meus sonhos, os meus desejos, construindo o meu castelo imaginário. As pessoas que lá estão são aquelas que me fazem felizes, que me amam pelo que sou, sei e não pelo que tenho, possuo.
No meu castelo não existe exuberância e nem riquezas, mas sim compaixão, dedicação, fraternidade e muito amor; não se vê pessoas correndo e nem cobrando ações; somente existe muita paz e harmonia, regado por sons maravilhosos que nos envolvem, apertam e protegem dos ruídos absurdos que a vida real nos prega.
No meu castelo não se precisa dormir e nem acordar porque vivemos em sonho eterno. Nada é escasso, mas não tem sobras; tudo está na medida da necessidade e jamais dos desejos mundanos. Tudo é pouco, mas pouco que significa muito.
Vocês devem estar pensando ou imaginando como é o meu castelo, mas vocês podem construir um também; devem dar um nome para ele e eu sugiro 2011.
Isto mesmo, 2011, um nome magnífico para ser colocado na porta principal, cuja porta não é porta, mas um portal, sempre aberto, como se braços tivesse, esperando os amigos, as pessoas de bem.
2010 se esvai por meus dedos, correndo pelas minhas veias, saltitando em minhas lembranças; houveram grandes momentos de dor e de tristeza, mas estou enterrando as mágoas, apagando as dores, curando as feridas, extinguindo as cicatrizes; se assim não proceder não poderei adentrar no meu castelo de nome 2011; serei barrado porque lá somente entram pessoas alegres, satisfeitas e felizes.
Faltam poucos momentos para eu agradecer o 2010 e caminhar e porque não dizer, correr para a minha nova morada, que é um castelo de nome 2011; olho ao lado e percebo muitas pessoas queridas se aproximando, formando uma grande corrente, na direção do portal do meu castelo; a cada uma que se aproxima, maior é o portal e nem posso descrever o tamanho que fica o meu castelo; pelo que enxergo, suas dimensões ultrapassam as medidas terrenas, adentrando no espaço espiritual, verdadeiro lar dos nossos espíritos.
Sim, existem muitas moradas e estamos em uma de aprendizagem e reflexão; de dor e de muita cura; uma verdadeira escola, na qual devemos galgar – degrau por degrau – até a nossa evolução.
FELIZ 2011 e desde já fica o convite para me visitarem!