Cerca de 95% dos cursos de medicina, por exemplo, apresentavam CPC insatisfatório, mas melhoraram seu desempenho em 2010 após passar por uma supervisão do MEC.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade, vinculado ao Ministério da Educação – MEC, aponta que de 4.143 mil cursos avaliados em 2010, 594 não atingiram resultado satisfatório. Com isso, os cursos ficam com nota 01 ou 02 no Conceito Preliminar de Curso – CPC, um indicador que tem uma escala de 01 a 05.
Desse total, 1.115 cursos ficaram sem conceito de avaliação, pois não tinham um número mínimo de estudantes concluindo o curso. O CPC leva em consideração, além dos resultados do Enade, o corpo de professores da instituição, a sua infraestrutura e o projeto pedagógico. Portanto, os cursos com conceito 04 ou 05 são considerados de bons a ótimos, já os com nota 03 são apenas satisfatórios.
Considerando os cursos que obtiveram conceito, aqueles com nota baixa representam 20% do total. Portanto, cerca de 80% tiveram resultado entre 03 e 05. Aqueles que tiveram CPC máximo, de 05, podem ser considerados excelentes, mas são apenas 58 cursos. Porém, os cursos que fecharam o CPC de 01 ou 02 terão suas vagas cortadas pelo MEC em breve.
A previsão do ministério é que 50 mil vagas destes cursos sejam cortadas até o fim deste ano. O ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – Sinaes, serve para corrigir os problemas das instituições e dos cursos com resultados ruins, o que ajuda a melhorá-los para seus futuros estudantes. Foram 19 cursos considerados com o CPC 01, o mais baixo, e são oferecidos por universidades estaduais.
Segundo o ministro da Educação, cerca de 95% dos cursos de medicina apresentavam, no passado, um CPC insatisfatório. Com isso, após passarem pelo processo de supervisão do MEC conseguiram melhorar seu desempenho em 2010. “Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com problema”, justificou Fernando Haddad.
Informações de Agência Brasil
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