A segurança da Casa alega que os índios tentaram invadir o plenário e eles afirmam estarem em manifestação pacífica, mas foram acabaram trocando agressões
Da Redação – [email protected]
Dezenas de índios realizaram manifestação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 19, mas o protesto acabou em conflito. A segurança da Casa afirma que os manifestantes tentaram invadir o plenário, entrando por um anexo.
Um dos líderes indígenas Antoê alegou que a manifestação era pacífica e estavam no local apenas para fazerem reivindicações às suas causas. Ainda de acordo com ele, as armas que portavam como arco e flecha, foram retidos pela segurança em acordo ao movimento. Antôe afirma ter sido agredido no tumulto que se formou e outros índios, além de um 80 anos, também teriam sofrido agressões.
O coordenador do departamento de polícia judiciária da Polícia Legislativa da Câmara, Antonio Carlos de Abreu, diz que a segurança foi obrigada a intervir porque eles tentaram entrar pelo corredor que dá acesso ao plenário e destacou que, para ele, o objetivo deles era mesmo invadir o plenário e mostrar força. Abreu confirma que houve tumulto e não descarta a possibilidade de haver pessoas idosas envolvidas. Ele mesmo teve a camisa rasgada e disse ter a carteira e o óculos furtados no meio da confusão.
De acordo com o coordenador da Polícia, algumas armas foram retidas, mas segundo ele, alguns indígenas conseguiram entrar carregando porretes e pedaços de pau. A Polícia Legislativa conseguiu, no fim, impedir a invasão.
O líder indígena apontou que o objetivo do protesto era pedir que a Câmara revogue o decreto assinado pelo presidente Lula no final do ano passado que reestruturou a Fundação Nacional do Índio. Antoê alega que o documento tem permitido que terras indígenas seja, invadidas e também fez algumas críticas a construção da usina hidrelétrica Belo Monte e ao Programa de Aceleração do Crescimento.
Informações G1
Foto: reprodução / Funai