Ex-diretor da multinacional Siemens, Everton Rheinheimer, afirma que suborno variava de 5% a 9% do valor dos contratos; três secretários do governo Alckmin são citados como destinatários.
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O esquema de cartel montado para obter contratos de trem e metrô com os governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB, pode ter pago um valor superior a R$ 197 milhões em propina. Esta foi a declaração feita pela testemunha-chave da investigação, o ex-diretor da multinacional Siemens Everton Rheinheimer.
Três secretários da gestão de Alckmin são tidos como destinatários do suborno: o chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, o secretário de Energia, José Aníbal e o atual secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM).
Rheinheimer disse que a Siemens e seus parceiros pagaram nove por cento para fornecer trens à linha 5 do Metrô em 2000, um contrato de R$ 1,57 bilhão. Garcia pediu ao Supremo Tribunal Federal que seu nome seja retirado do inquérito. O advogado Alexandre de Morais disse que não foi comprovada a participação de Garcia nos fatos durante investigação na Justiça em São Paulo. Ainda sim, Everton Rheinheimer e o lobista Arthur Teixeira afirmaram que Garcia é o ponto de contato político do esquema.
Um novo nome foi acrescentado para as investigações. Trata-se do secretário de Infraestrutura municipal, Osvaldo Spuri. Spuri é funcionário afastado da CPTM e foi o presidente da comissão de licitações em concorrência na qual a alemã Siemens diz ter havido formação de cartel. Ele participou de licitações na CPTM nas gestões dos três governadores do PSDB.
Informações de Brasil 247 / UOL
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