Técnica de Enfermagem, de 48 anos, faz parte do grupo de risco e deu entrada no Hospital Municipal em 30 de agosto, tendo a tão esperada volta ao seu lar nesta terça, dia 24.
A técnica de Enfermagem Fábíola Erhart, de 48 anos, moradora do bairro Rincão e que atua profissionalmente em Estância Velha, recebeu alta do Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) na tarde desta terça-feira, dia 24. Ela deu entrada na instituição hamburguense em 30 de agosto, com diagnóstico de covid-19 e dificuldade respiratória agravada por uma asma crônica pré-existente.
No último dia 17, Fabíola deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMNH, onde estava desde 3 de setembro, sendo transferida para um quarto na Ala Beija-Flor da casa de saúde. No total, foram 86 dias de internação.
De acordo com a médica intensivista do HMNH Bárbara Fior, o atendimento à paciente terá seguimento domiciliar, incluindo cuidados de reabilitação. Foi providenciada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) a instalação imediata de oxigênio domiciliar na casa de Fabíola, com orientação técnica e acompanhamento do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), o programa federal gerenciado pela Fundação de Saúde Pública no Município. “A vitória da Fabíola é resultado da dedicação, dos esforços e cuidados da equipe multiprofissional do Hospital Municipal”, destacou na comemoração discreta no último dia 17 às portas da UTI1.
Durante a passagem da paciente para o quarto da Ala Beija-Flor, balões em tons metalizados e em forma de coração, junto a um corredor de aplausos, marcaram o fim de uma batalha coletiva pela vida.
O marido de Fabíola, o chapeador automotivo Daniel Diter, 53, que chegou a ter a forma mais leve da doença causada pelo coronavírus, lembrou da preocupação extra com a saúde da esposa. Fabíola tem asma crônica como enfermidade que a coloca em grupo de risco especial no contexto pulmonar da Sars-Cov-2. Mas ele diz que todos os desafios deram à recuperação um significado ainda mais especial. “Agora, estamos vivendo este momento de gratidão, de alegria”, disse, visivelmente emocionado em poder contar que o coronavírus foi vencido bravamente pelo casal.
“Tive um ótimo atendimento de toda a equipe do Hospital Municipal, e estou muito agradecida em especial à Doutora Bárbara”, afirmou a técnica de enfermagem que viveu o outro lado do enfrentamento à pandemia. “Que ninguém mais espere sentir na pele o que eu passei, porque a covid-19 é uma doença agressiva e a gente não consegue prever os seus efeitos, já que cada caso é um caso”, reiterou Fabíola.
Ainda no quarto, ao lado do marido e minutos antes da sonhada alta, ela fez questão de fazer um apelo para que todos redobrem os cuidados neste final de ano. “Estou em recuperação, não consigo falar muito porque ainda sinto falta de ar, mas preciso dizer que levem a sério o alto risco a que todos estão expostos no dia a dia, porque o vírus ainda circula entre nós e a covid não é brincadeira mesmo”, concluiu.