Professores lutam pela manutenção de direitos e já ameaçam com greve no início do ano letivo
O Cpers/Sindicato, sindicato dos professores estaduais, fez na tarde desta quinta-feira, 12, manifestação contra as políticas educacionais da administração de Yeda Crusius. Milhares de pessoas saíram em torno das 16h do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho em caminhada pela capital gaúcha.
O encontro promovido pela entidade durante o dia pretendia discutir as ações do governo Yeda em relação a educação e ao mesmo tempo iniciar uma campanha por suas reivindicações. A categoria ameaça greve já para o início do ano letivo.
Mas a campanha já começou com fortes críticas dos apoiadores de Yeda. Henrique Pereira, diretor da Interlig, empresa de assessoria de comunicação que elaborou a campanha do CPERS, denunciou que recebeu ameaças por escrito do chefe da casa civil do governo do estado, José Alberto Wenzel. Segundo Pereira, Wenzel teria prometido processar as empresas envolvidas na campanha.
“O governo se identificou com a crítica, vestiu o chapéu”, disse ele, acentuando que “a ditadura acabou, somos livres para expressarmos nossas opiniões e as opiniões expressas nesta campanha são políticas e não pessoais”. Segundo ele, a partir do dia 16 os out-doors com a foto da governadora e a frase “Conheça a face da corrupção/destruição, etc” estarão na rua.
Durante a caminhada desta quinta-feira, que saiu do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho até a Esquina Democrática, o CPERS distribui máscaras retratando a face da governadora,
A dirigente dio CPERS, Neiva Lazzarotto, disse que a campanha é absolutamente legítima e não ofende a integridade pessoal da governadora, mas critica as suas políticas públicas. Neiva ratificou que o governo está desmontando o Estado. Disse ainda que o dinheiro para a saúde, segurança e educação não está sendo repassado. Milhares de pessoas participam do ato.