No mês de março, as Escolas Municipais de Novo Hamburgo realizam a primeira etapa da Pesquisa Socioantropológica 2016. A ação, que acontecerá em duas etapas, busca aproximar as instituições de ensino das comunidades onde estão inseridas e é realizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação (SMED). As escolas puderam escolher entre os dias 5, 12 e 19 de março para percorrerem as ruas dos bairros e conversarem com as famílias dos estudantes.
O projeto busca aproximar escola e comunidade com perguntas aos familiares dos alunos com relação ao desenvolvimento escolar que eles percebem nos estudantes, aprendizagem, como é a participação dos responsáveis na vida deles e brincadeiras que eles realizam. “Além disso, os educadores podem conhecer melhor o ambiente onde seus alunos estão inseridos, com quem moram, como é a convivência com os familiares, para que possam compreender a comunidade e entender algumas situações específicas que podem refletir na sala de aula”, descreve a secretária de Educação, Cristiane Sousa Costa, que acompanhou professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Pres. Getúlio Vargas.
A costureira Marisa Godinho Goudinho foi uma das visitadas. Mãe de duas alunas da escola, ela conversou com as professoras sobre o desenvolvimento das filhas. “Eu procuro acompanhar o que elas fazem, olho os cadernos e sempre pergunto dos temas. Também vou nas reuniões da escola”, conta.
Segunda etapa em agosto
A segunda parte da Pesquisa Socioantropológica 2016 acontecerá no mês de agosto, quando os educadores voltarão às ruas dos bairros para visitarem outras famílias. Os funcionários buscam atingir pelo menos 20% dos alunos de cada turma, e as escolas tiveram a liberdade para criar seus critérios de visita: algumas preferiram ir nas residências dos novos alunos, outras foram visitar aqueles que têm alguma dificuldade na aprendizagem, e entre diversos parâmetros, optaram pelos alunos que julgaram necessitar mais atenção. Em agosto as visitas ocorrerão novamente, como uma forma de reavaliação, para observar se houve retorno de alguma mudança ocorrida nas aulas, os avanços e, se preciso, um replanejamento pedagógico em pontos específicos.
Fotos: (crédito: Bruna Provenzano)