De março para abril, houve redução na produção em 13 dos 27 ramos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A produção industrial brasileira caiu 2,1% em abril na comparação com o mês anterior, quando havia registrado aumento de 1,1%. É a maior retração desde dezembro de 2008, quando o setor teve queda de 12,2%, influenciado pela crise financeira internacional. Em relação a abril do ano passado houve recuo de 1,3%.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE nesta terça-feira, dia 31, revelam ainda que nos quatro primeiros meses do ano a produção da indústria nacional acumula expansão de 1,6%. Esse resultado, no entanto, é menor do que o observado no primeiro trimestre do ano (2,6%). Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 5,4%.
O documento aponta que na passagem de um mês para o outro houve redução na produção em 13 dos 27 ramos pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-9,3%), veículos automotores (-2,8%), alimentos (-2,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,4%).
Entre as atividades que aumentaram a produção no período estão indústria farmacêutica (3,3%), indústrias extrativas (2,5%), fumo (20,6%), metalurgia básica (1,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (6,6%) e outros produtos químicos (1,1%).
Já na comparação com abril de 2010, o levantamento aponta que o índice de –1,3% praticamente repetiu o recuo de março no mesmo tipo de comparação (-1,4%). Houve diminuição na produção em 16 dos 27 ramos, principalmente alimentos (-8,2%), máquinas e equipamentos (-5,8%), têxtil (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) e produtos de metal (-5,8%).
Os impactos positivos mais relevantes nessa base de comparação partiram da indústria farmacêutica (17,6%), impulsionada pela maior fabricação de medicamentos; e de outros equipamentos de transporte (9,7%), com destaque para a fabricação de aviões e motocicletas.
Confiança da indústria atinge o menor
nível desde novembro de 2009
O Índice de Confiança da Indústria – ICI – indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação – aprofundou sua trajetória de queda e mostrou recuo de 1,2% em maio ante abril, informou também nesta terça-feira, dia 31, a Fundação Getúlio Vargas – FGV.
No mês passado, o indicador havia caído 1,1% em relação a março. A queda em maio foi a quinta consecutiva e o índice já acumula retração de 4% em 2011. Os dados atualizados do índice mostram que, na passagem de abril para maio, o indicador passou de 111,2 pontos para 109,9 pontos, na série com ajuste sazonal.
Este foi o menor nível apurado para a confiança da indústria desde novembro de 2009, quando o ICI atingiu 109,6 pontos.
O ICI é um indicador cujo cálculo é baseado em cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas destes tópicos, a FGV elabora o resultado do índice dentro de uma escala que vai até 200 pontos. O desempenho do indicador é de queda ou de alta se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.
Informações de Agência Brasil e Veja
FOTO: ilustrativa