Mais de 70 pessoas morreram. Manifestantes se reuniram na praça Tahrir para protestar contra confronto entre torcedores.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O responsável político pela briga de torcidas que causou a morte de, no mínimo, 74 pessoas no Egito foi o primeiro-ministro do país, Kamal Ganzuri. É o que o próprio premiê disse nesta quinta-feira, dia 02, sobre o incidente em Port Said, após um jogo de futebol.
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Os clubes, Al Masry e Al Ahly, e principalmente suas torcidas, têm uma longa rivalidade e histórico de confusão. De acordo com a agência de notícias Reuters, foram mais de mil feridos no confronto.
Ganzuri informou à Câmara Baixa do Parlamento e ao presidente da Federação de Futebol do Egito que destituiu os chefes dos serviços de Segurança e Inteligência de Port Said após a tragédia. A junta militar decretou luto de três dias em memória às vítimas do confronto.
Mais cedo, o presidente do Parlamento, Saad Katatni, do Partido Liberdade e Justiça – PLJ, afirmou que a tragédia foi devido a “deficiência e negligência” das forças de segurança. “Eles não cumpriram nem com sua missão nem com sua profissão pela falta de organização em relação a estes acontecimentos.”
Manifestantes protestam contra junta militar
Na quarta, o PLJ, que lidera o Parlamento do Egito, afirmou em comunicado que o confronto entre torcidas em um estádio de futebol em Port Said foi provocado por partidários do ex-ditador Hosni Mubarak.
Nesta quinta-feira, 02, manifestantes e grupos de torcedores voltaram à praça Tahrir, no centro do Cairo, para protestar contra a briga entre fãs do Al Masry e do Al Ahly. As reivindicações para a saída da junta militar e a aceleração da transição democrática ganharam força após o incidente. A Reuters afirma que grupos de torcidas organizadas do Egito fazem campanha contra a junta militar que governa o país.
Informações de Folha.com
FOTO: Amr Nabil / Associated Press