Se confirmado, será o pior resultado desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Os economistas dos bancos reduziram novamente sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro neste ano, informou nesta segunda-feira, dia 02, o Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.
Segundo o levantamento feito com mais de 100 instituições financeiras, a estimativa dos analistas das instituições financeiras para o PIB de 2012 recuou de 2,18% para 2,05%.
Se confirmado, será o pior resultado desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,6%. Para 2013, a previsão do mercado para o crescimento da economia permaneceu estável em 4,20%.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, revelam que a taxa de crescimento do primeiro trimestre deste ano, foi de apenas 0,2%. Para todo este ano, a previsão do Ministério da Fazenda é de 4% de expansão. Entretanto, em suas declarações, o ministro Guido Mantega tem se comprometido apenas com um crescimento superior ao ao do ano passado (+2,7%).
Para tentar combater os efeitos da crise financeira internacional, visto que as tensões voltaram a crescer nos últimos meses, o governo tem anunciado uma série de medidas para impulsionar o consumo. Já foi anunciada a redução do IPI para linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar) e automóveis, além do corte do IOF sobre os empréstimos para as pessoas físicas e da liberação de depósitos compulsórios para os bancos.
Crédito, inflação e juros
O governo também abriu uma linha de crédito de R$ 20 bilhões para os estados fazerem investimentos e lançou um programa de compras de R$ 8,4 bilhões. A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, deste ano passou de 4,95% para 4,93%. Para 2013, a expectativa permaneceu inalterada em 5,5%.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Para 2012 e 2013, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% neste ano, visto que, em 2011, a inflação ficou em 6,5% , no teto do sistema de metas.
Com a economia em desaceleração e a previsão de inflação em queda, os economistas dos bancos acreditam que o Banco Central continuará baixando os juros.
No momento, a taxa básica da economia está em 8,5% ao ano, a menor da história. Para o fim de 2012, a previsão do mercado permaneceu em 7,5% ao ano e, para o fim de 2013, continuou estável em 9% ao ano.
Informações de G1
FOTO: ilustrativa / meio norte