Empresa portuguesa se torna a maior acionista na “supertele nacional”, que passa por desnacionalização – ou internacionalização, como argumentam seus acionistas.
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A Portugal Telecom – PT anunciou na quarta-feira, dia 28, dois grandes negócios no Brasil.
A empresa portuguesa está vendendo sua participação na Vivo para a espanhola Telefónica, por € 7,5 bilhões, e comprando 22,4% da Oi, por até R$ 8,44 bilhões, um pouco menos da metade do que receberá dos espanhóis.
A entrada da PT na Oi faz com que o maior acionista da empresa, apelidada de “supertele nacional”, passe a ser uma empresa estrangeira. Os portugueses não serão meros investidores na Oi, tendo representantes no conselho, direito de indicar um diretor e, mais importante, poder de veto às decisões dos dois principais acionistas privados, a Andrade Gutierrez e a La Fonte, do empresário Carlos Jereissati.
“Conseguimos o que parecia impossível”, disse Zeinal Bava, presidente da PT. “Anunciamos dois grandes negócios simultâneos e encontramos o equilíbrio certo para todas as partes”, continua ele.
A PT entra no bloco de controle da Oi menos de dois anos depois de o governo ter mudado a regulamentação do setor e concedido R$ 6,7 bilhões em créditos de bancos estatais para a compra da Brasil Telecom. A idéia, divulgada na época para justificar o negócio, era a criação de uma “supertele” nacional, para fazer frente aos espanhóis da Telefónica e aos mexicanos da América Móvil, dona da Embratel e da Claro.
Informações de Estadão
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