A Polícia Civil suspeita que as crianças mortas e esquartejadas em Novo Hamburgo eram argentinas. A informação foi revelada para a imprensa nesta quinta-feira, 4. Ontem, a Polícia já havia divulgado que três pessoas foram presas nesta investigação. Ainda conforme a Polícia Civil, um deles é líder de um templo satânico no Rio Grande do Sul.
De acordo com o delegado Rosalino Seara, havia pelo menos duas linhas de investigação: uma sobre tráfico de pessoas e outra sobre ritual macabro. Em relação à última, ele ressalta que foram encontrados vários indícios, e a polícia ainda conseguiu confirmar a existência do templo.
O caso começou a ser investigado quando foram encontrados dois corpos esquartejados, em 4 de setembro de 2017, em um matagal na cidade. Uma pessoa que passava pela Rua Porto das Tranqueiras, no bairro Lomba Grande, desconfiou de sacos plásticos e caixas de papelão e acionou a polícia. A perícia constatou que os ossos eram de duas crianças, que teriam entre 8 e 12 anos, o que dificultou a identificação, pela falta de registro das digitais. Na manhã do dia 18, mais partes de corpos foram encontradas no bairro Lomba Grande, a cerca de 500 metros de onde estavam as crianças esquartejadas.
Prisão
O líder do grupo, que não teve a identidade revelada para preservar as investigações, se descreve como “mestre e bruxo”. O preso também seria referência em magia negra no Brasil e na América Latina. O homem seria um adorador do deus Moloch, nome de um demônio na tradição cristã e cabalística. Desde a antiguidade, fiéis de Moloch realizam sacrifícios com crianças.
Os rituais para o deus Moloch envolveriam abusos sexuais, sangue, morte e até aprisionamento em concretos. Esses sacrifícios são mais comuns nos Estados Unidos, em Uganda e outros lugares. Dentro do templo, a polícia encontrou livros de bruxaria, magia negra e maçonaria. Também haviam imagens de demônios.
Fonte: G1/ZH