Deise Moura dos Anjos, nora da mulher que preparou o bolo envenenado, foi presa preventivamente no domingo (5) por suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e três tentativas de homicídio. O crime ocorreu em 23 de dezembro, durante uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
As vítimas Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, Maida Berenice Flores da Silva, 58, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 43, morreram após consumirem a sobremesa. Outras três pessoas passaram mal, incluindo Zeli dos Anjos, sogra da suspeita, que preparou o bolo com a farinha contaminada. Zeli segue internada, enquanto um menino de 10 anos foi liberado na última semana, e um homem recebeu atendimento e foi liberado no mesmo dia.
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Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6), a Polícia Civil informou que o veneno foi inserido no bolo por meio de um pacote de farinha, possivelmente deixado por Deise na casa da sogra, em Arroio do Sal.
A diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann Mittmann, explicou que análises iniciais apontaram alta concentração de arsênico no sangue, urina e estômago das vítimas, bem como no bolo. “Somente em uma das vítimas, encontramos uma concentração de arsênico que seria 350 vezes maior que uma quantidade que poderia ser absorvida por uma pessoa.”
A Diretora também explicou que o veneno foi identificado em um saco de farinha encontrado na casa onde o bolo foi preparado. “A concentração de arsênico encontrada na farinha era 2.700 vezes maior que aquela concentração que havia sido averiguada na análise que fizemos do bolo. A farinha que estava na casa da dona Zeli, portanto, estava por trás do envenenamento.”
Também foi confirmado pela polícia que a mulher havia utilizado o seu celular para fazer pesquisas sobre a substância, reforçando as suspeitas de seu envolvimento. Segundo a polícia, as motivações do crime ainda estão sendo apuradas.
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