Após as estiagens e o excesso de chuvas, a agropecuária recuperou espaço na economia do Estado no primeiro trimestre de 2024. O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul nesse período, anterior às enchentes, registrou alta de 4,1% na comparação com o quarto trimestre de 2023.
O resultado foi puxado principalmente pelo avanço no segmento do campo, que apresentou expansão de 59,1%; mas que no segundo semestre será negativo no cálculo. Na mesma base de comparação, a indústria (+0,5%) e os serviços (+1,2%) também avançaram.
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Esses são números divulgados nesta terça-feira, dia 25, pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). O relatório aponta ainda que as quatro atividades que compõem o segmento indústria apresentaram alta: indústria de transformação +0,1%; a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana +0,4%; a construção +0,2%; e a indústria extrativa com +1,5%.
Comércio vinha bem
Nos serviços, o destaque positivo ficou por conta do comércio, com crescimento de 3,5% no primeiro trimestre de 2024, em relação aos últimos três meses do ano passado. As atividades de transportes, armazenagem e correio (1,5%) e serviços da informação (1,3%) também avançaram. Já a atividade de intermediação financeira e seguros foi a única do segmento a apresentar queda (-1,7%).
Quando a comparação é o primeiro trimestre de 2023, a economia gaúcha apresentou crescimento de 6,4%. O Brasil, na mesma base, cresceu 2,5% no período.
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Comparação anual?
O crescimento nas lavouras de soja (71,2%) e de milho (26,4%), ambas afetadas pela estiagem em 2022 e 2023, puxaram a alta da agropecuária no primeiro trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre as principais culturas agrícolas do trimestre no Estado, o arroz também teve avanço na produção (4,3%), enquanto o fumo (-2,6%) e a uva (-22,2%) registraram queda.
Na indústria, a alta de 2,6% entre janeiro e março foi influenciada principalmente pela atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, com crescimento de 40,7%. A indústria extrativa mineral teve alta de 2,1% no período em relação ao ano passado, enquanto a indústria de transformação, principal atividade industrial do Estado, registrou queda de 1%. Construção caiu 0,4% no período.
Com o resultado de janeiro a março, no acumulado de quatro trimestres o PIB do RS apresenta crescimento de 3%. No país, a alta é de 2,5%.