Essa estratégia substituirá a Política de Paridade de Importação (PPI), que provocava reajustes constantes de acordo com a mudança do preço do petróleo no mercado global.
Após uma breve discussão, a diretoria da Petrobras aprovou a adoção de uma nova estratégia comercial para definir os preços do diesel e da gasolina para as distribuidoras. Essa estratégia substituirá a Política de Paridade de Importação (PPI), que provocava reajustes constantes de acordo com a mudança do preço do petróleo no mercado global. A empresa promete que o novo método de precificação trará preços mais competitivos.
De acordo com a Petrobras, a reunião determinou que os preços do diesel e da gasolina serão baseados em referências de mercado, como o custo alternativo para o cliente e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo refere-se a opções de fornecimento alternativas de outros fornecedores e produtos substitutos, enquanto o valor marginal representa o custo de oportunidade ao considerar a produção, importação e exportação do combustível e/ou dos óleos utilizados no refino. “Com essa estratégia comercial, a Petrobras será mais eficiente e competitiva, atuando com maior flexibilidade para competir nos mercados com seus concorrentes. Continuaremos a seguir as referências de mercado, sem abrir mão das vantagens competitivas de ser uma empresa com uma capacidade de produção significativa e uma estrutura abrangente de distribuição e transporte em todo o país“, destaca Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Em uma coletiva de imprensa recente, Prates afirmou que o objetivo era ter um mecanismo de precificação que permitisse ajustes periódicos, evitando as políticas anteriores de congelamento de preços, ao mesmo tempo em que eliminava as frequentes mudanças de preços devido a fatores externos, o que ele chamou de “maratona de reajustes”. Além de não reajustar os preços do diesel e da gasolina com base no mercado global, a Petrobras visa alcançar um maior alinhamento competitivo de preços com os valores praticados em cada mercado e região. Ainda haverá ajustes, mas sem uma periodicidade definida, evitando assim a passagem direta das cotações internacionais e das taxas de câmbio. Sob a política anterior, a Petrobras precisava fazer pelo menos uma alteração de preço por mês.
Apesar de a Petrobras ter explicado a filosofia por trás da nova política de precificação, a empresa não foi clara sobre como será feito o cálculo para chegar aos preços do diesel e da gasolina, nem como cada fator irá pesar no processo de precificação.