Estudos do Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids apontam também para o uso do medicamento no tratamento da doença.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Dois estudos realizados na África animaram a comunidade internacional em relação ao uso de remédios contra o vírus HIV.
Segundo as pesquisas, eles podem ser usados tanto para aumentar a proteção contra a Aids quanto para tratar dos sintomas da síndrome depois da infecção. Em nota divulgada na última quarta-feira, dia 13, a Organização Mundial de Saúde – OMS afirma que os estudos podem ter “impacto enorme” em prevenir a transmissão do HIV.
O diretor-executivo do Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids – Unaids, Michel Sidibé, afirma que “este é um grande avanço científico que confirma o papel essencial que os remédios antirretrovirais devem desempenhar na resposta à Aids. Estes estudos podem nos ajudar a atingir o ‘ponto de virada’ na epidemia da Aids”.
Um dos testes, realizado pela Universidade de Washington (EUA), seguiu quase cinco mil casais no Quênia e em Uganda, nos quais uma pessoa tinha o HIV e a outra, não. Quem estava livre do vírus tomou diariamente um remédio (tenofovir), uma combinação de duas drogas contra o vírus (tenofovir e emtricitabina) ou um placebo. Houve 62% menos infecções pelo HIV no grupo que tomou apenas um remédio, e 73% menos infecções no grupo que tomou a combinação, em comparação com quem tomou o medicamento falso.
A outra pesquisa, feita pelos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos, seguiu 1,2 mil homens e mulheres heterossexuais sem o HIV no Botsuana. Eles receberam diariamente, em uma única dose, ou uma combinação de comprimidos, ou um placebo.No geral, os medicamentos anti-HIV reduziram em 63% o risco de contrair o vírus. Um teste anterior descobriu que a combinação de duas drogas contra o HIV reduzia o risco de infecção em homens gays e bissexuais em 44%.
Com informações de MTV Brasil
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