Com base em 22 mil alunos de cursos presenciais, a idéia de que a maioria dos estudantes das federais venha de famílias ricas é desmitificada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em uma sociedade aonde o estudo nem sempre vem em primeiro lugar, são muitos os jovens que tentam diferentes soluções para manter-se no curso de graduação, mesmo quando a parte financeira é insuficiente. O estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, mostra que cerca de 43% dos alunos das instituições de ensino superior no Brasil são da classe C, D e E.
Entretanto, os dados apresentam a estabilidade em relação a outras pesquisas feitas pela entidade em 1997 e 2003. Segundo a associação, se não houvesse as políticas afirmativas, o atendimento aos alunos de baixa renda nessas instituições teria diminuído no período, pois essas políticas juntamente com a expansão das vagas nas federais, modificaram o perfil do estudante.
O grupo dos estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos chega a 67%, o qual teoricamente deveria ser beneficiado por assistência estudantil. Defendendo o aumento dos recursos para garantir a continuidade dos estudantes até o final do curso, a entidade afirma que cerca de 12% das matrículas nas federais são trancadas pelos alunos, a maioria relacionada à questão financeira.
A contribuição oferecida para os estudantes não são suficientes para gastos como alimentação, transporte e material didático, impossibilitando alunos de participarem de viagens de estudo, seminários e outras propostas apresentadas em sala de aula. Porém, a verba atual de R$413 milhões destinados à assistência estudantil oferecida pelo Ministério da Educação – MEC deve ser aumentada para R$520 milhões em 2012.