Equipe da Argentina informou que através do estudo foi possível reduzir ou eliminar tumores sem causar danos aos outros tecidos.
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Uma técnica de tratamento do câncer está se aperfeiçoando. De acordo com a Fundação Instituto Leloir, da Argentina, a virusterapia faz uso de vírus geneticamente modificados visando combater as células tumorais.
O Instituto anunciou dois avanços na área. Os cientistas do núcleo, em parceria com colegas do Chile, Grã-Bretanha e Estados Unidos conseguiram adaptar um vírus (adenovírus) responsável pela gripe e conjuntivite em camundongos para combater o câncer de pele e de pâncreas.
De acordo com diretor da equipe do Leloir, Osvaldo Podhajcer, chefe do Laboratório de Terapia Celular e Molecular, foi possível minimizar ou acabar com tumores sem prejudicar outros tecidos. Conforme acrescentou, a técnica significaria um avanço sobre os tratamentos convencionais de doenças como o câncer, quimioterapia ou radioterapia, que deixam sequelas.
Cientistas do Instituto optaram por trabalhar com o adenovírus por este ser um vírus que apresente pouco perigoso. Para o estudo, foi tralhado com dois tipos de câncer pela falta de tratamentos conhecidos e pela alta incidência na população. A pesquisa foi divulgada pela revista Molecular Therapy, da Associação Americana de Terapias Celulares e Genéticas.
“Pela primeira vez que conseguimos mudar geneticamente um vírus para tirar vantagem das características das células cancerosas e as atacar”, Podhajcer disse que o vírus apresenta mais de 40% de eficácia.
Informações de BBC
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