Aluna do curso de Biomedicina da Feevale trata da presença de vírus em diferentes rios, lagos, estações de tratamento de esgoto, água mineral e água de torneira.
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A pesquisa “Análise de Torque Teno Vírus em Amostras de Água de Torneira Coletadas em Escolas Públicas no Rio Grande do Sul”, realizada pela aluna do curso de Biomedicina, Mariana Kluge e orientada pelo professor Fernando Rosado Spilki, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Qualidade Ambiental, foi destaque durante a VI Jornada de Iniciação Científica – Meio Ambiente.
O evento, realizado de 17 a 20 de agosto, em Porto Alegre, foi uma promoção conjunta da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – FEPAM e Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul – FZBRS.
O trabalho está inserido num grande projeto institucional, que trata sobre a presença de vírus em diferentes rios, lagos, estações de tratamento de esgoto, água mineral e água de torneira. Segundo Spilki, normalmente não é avaliada a presença de vírus na água, apenas de bactérias.
“No caso específico do trabalho premiado da aluna Mariana Kluge, o tema foi a presença de vírus em água de torneira de escolas públicas do interior do Estado,” enfatiza.
O professor explica que o objetivo da pesquisa é o monitoramento de impacto ambiental e de riscos à saúde através da detecção de diferentes agentes virais em amostras provenientes de áreas urbanas e rurais na região da Bacia do Rio dos Sinos e de outros locais do Rio Grande do Sul. Para tanto, vêm sendo padronizadas e implementadas técnicas de detecção molecular e também de isolamento viral.
“Já concluímos um mapeamento da contaminação por vírus em água do Arroio Dilúvio em Porto Alegre, de água de torneira utilizada nas escolas em diferentes cidades do Rio Grande do Sul e estamos avançando no mapeamento deste tipo de contaminação no Rio dos Sinos e no Vale do Paranhana, tanto no meio urbano quanto no meio rural. Também temos analisado água mineral comercializada em nossa região,” comenta Spilki.
“Esse reconhecimento aponta que estamos no caminho certo, tratando de um tema importante e ainda não explorado nas ciências ambientais no nosso Estado. Temos a tradição no Rio Grande do Sul de muita competência na área de microbiologia ambiental, mas muito pouco se sabe na área de virologia ambiental,” ressalta Fernando Rosado Spilki.
Esse projeto tem recebido apoio da Universidade Feevale. Com isso, foi montado o Laboratório de Microbiologia Molecular, um dos poucos laboratórios de virologia do Rio Grande do Sul e dos poucos no Brasil dedicados à Virologia Ambiental.
“De nossa parte temos buscado e conseguido também verbas e bolsas para estas atividades no CNPQ e FAPERGS,” destaca o professor. Além disso, o projeto conta com o apoio e parceria com diferentes instituições, como a UFRGS, UFSM, UFSC, Instituto Internacional de Ecologia (São Carlos/SP) e FIOCRUZ.
Informações de Assessoria de Imprensa Feevale
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