Entre diversos empresários e dirigentes de empresas, estavam presentes no voo o hamburguense e deputado federal Júlio Redecker (PSDB-RS), o ex-presidente do Sport Club Internacional Paulo Rogério Amoretty Souza e o diretor da regional do SBT, João Roberto Brito.
Da Redação ([email protected]) (Siga no Twitter)
O acidente do voo JJ3054 operado pela TAM Linhas Aéreas entre as cidades de Porto Alegre e São Paulo marcou a vida dos familiares de 199 pessoas há sete anos. Eles ainda aguardam pela condenação judicial dos três apontados como responsáveis pela tragédia.
A expectativa é que o pronunciamento da sentença de primeira instância ocorra em até dois meses, mas ainda caberão recursos de ambas as partes. Para lembrar a data, que os familiares fazem questão de não esquecer, haverá uma série de homenagens nesta quinta, dia 17, e no sábado, em São Pauloe na capital gaúcha.
Em Porto Alegre, às 15 horas, familiares se encontram para ato simbólico no Largo da Vida, próximo ao Aeroporto Salgado Filho. Às 18h30min será realizada missa na Catedral Metropolitana.
Em São Paulo, o encontro de parentes e amigos também ocorre nesta quinta, dia 17, às 16 horas, na praça Memorial 17 de Julho, construída em 2012 no local do acidente. No sábado, acontecem outras três homenagens na capital paulista, organizadas pela Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo Tam JJ3054 – Afavitam.
O inquérito judicial do caso tramita na 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A denúncia foi aceita em 2011. Três pessoas são acusadas pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena máxima chega a 12 anos: a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, Denise Abreu, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro.
A média mundial de tempo de investigação de um acidente aéreo é quatro anos. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff sancionou lei que torna sigilosa esse tipo de investigação no Brasil. Com a lei, Polícia e Ministério Público terão que pedir autorização à Justiça para acessar a caixa-preta de um avião.
Colisão contra depósito vitimou 199 pessoas
• O voo JJ 3054 era operado pela TAM Linhas Aéreas, que ligava as cidades de Porto Alegre e São Paulo, utilizando uma aeronave de passageiros Airbus A320-233, prefixo PR-MBK4. Em 17 de julho de 2007, o aparelho ultrapassou o fim da pista 35L do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, durante o pouso, chocando-se contra um depósito de cargas da própria TAM, situado nas proximidades da cabeceira da pista 17R, no lado oposto da avenida Washington Luís, que delimita o aeroporto.
– Estavam na aeronave 187 pessoas. Onze pessoas que trabalhavam no prédio da TAM Express e um taxista que estava no posto de gasolina ao lado morreram na colisão, totalizando 199 vítimas fatais. Do total, 98 eram gaúchas.
– Entre diversos empresários e dirigentes de empresas, estavam presentes no voo o hamburguense e deputado federal Júlio Redecker (PSDB-RS), o ex-presidente do Sport Club Internacional Paulo Rogério Amoretty Souza e o diretor da regional do SBT, João Roberto Brito.
– É certo que a temperatura no local do acidente, em decorrência do incêndio, chegou aos 2 mil graus Celsius, ponto de fusão do titânio, metal que foi encontrado fundido entre os escombros. O IML realizou exames de DNA, arcada dentária e impressão digital para identificar os mortos, além da identificação feita por parentes das vítimas.
– No total, 195 corpos foram identificados. Em 16 de setembro de 2007, o IML comunicou oficialmente aos familiares das quatro vítimas não localizadas que não foram identificados fragmentos dos mesmos em todo o material analisado, dando assim por concluído o trabalho.
– O voo JJ 3054 foi o pior acidente aéreo da história da América Latina por 22 meses, até a queda do voo AF 447, da Air France, em 31 de maio de 2009, além de ser o pior e mais mortal acidente envolvendo um Airbus A320 no mundo.
Informações de cp/zh
FOTO: reprodução / arquivo