Pesquisa foi realizado pela FecomercioSP. A expectativa é reforçada pelos dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A alta na demanda do setor de serviços, com reflexo no crescimento do consumo de bens industriais, deve fazer com que o país gere 1,5 milhão de empregos em 2012, na avaliação de especialistas que participaram nesta segunda-feira, dia 20, do seminário “Competitividade – o Calcanhar de Aquiles do Brasil”.
A pesquisa foi realizado pela da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo – FecomercioSP. A expectativa é reforçada pelos dados de julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged, do Ministério do Trabalho.
Para o presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FecomercioSP, José Pastore, a massa salarial vigorosa e os reajustes nos salários tem impacto no setor de serviços e, consequentemente, provocam um reflexo na produção industrial.
Para o ex-ministro do Trabalho e professor da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp Walter Barelli, ainda não é possível avaliar o nível de impacto na geração de emprego industrial das medidas pontuais de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI nos setores automotivo e de linha branca, previstas para acabar no dia 31.
Já na avaliação de Clemente Ganz Lucio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos – Dieese, a criação de até 1,5 milhão de empregos em 2012 seria um resultado muito bom, diante do Produto Interno Bruto – PIB do Brasil entre 1,5% e 2%.
Para o representante do Dieese, não dá para imaginar, no entanto, que o crescimento de empregos na indústria será contínuo. O desafio, na avaliação de Lucio, é crescer em produtividade, uma das respostas à falta de investimentos do setor apontado por Pastore.
Já segundo Mário Bernardini, membro do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, a queda no ingresso da pessoas que entram no mercado de trabalho anualmente para a metade do nível do que era há dez anos é suficiente para não piorar o desemprego.
Informações de Estadão
FOTO: ilustrativa / exame