Reportagem aponta opinião de especialista acerca dos longos parcelamentos e das sondagens que devem ser feitas antes de assumir dívidas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
“Algumas taxas de juros estão no nível mais baixo em mais de uma década no Brasil. Para quem vai comprar a prazo, é uma notícia boa. Mas isso não basta para evitar problemas na hora de pagar a conta.”
Assim iniciou uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional nesta semana. O assunto abordado foi a facilidade do crédito e a tentação das compras.
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Um dos depoimentos foi do motorista João Leocadio, que foi no embalo do crédito fácil: comprou à prestação carro, computador, fogão e ainda fez empréstimos no banco. Conclusão: “Embolou, e os juros começaram a tumultuar. Na hora eu pensei que ia comprar, e ia trabalhar, e ia poder pagar. Foi assim que eu fiz, só que ficou um pouco ruim”, disse.
Apesar das reduções recentes, os juros do Brasil ainda são muito altos. A taxa média ao ano é de 165,56% no cheque especial, 50,02% nos financiamentos de bens como eletroeletrônicos, e 41,96% no crédito pessoal.
As dívidas que acabam em enrascadas financeiras acontecem porque muitos brasileiros, antes dos empréstimos e das compras, fazem uma pergunta: cabe no orçamento? E o certo é fazer muitas outras, como quanto a possibilidade de perder o emprego e a verificação com os demais membros da família acerca de dívidas já assumidas.
Marcelo Fernando Segredo, presidente da Associação Brasileira do Consumidor, disse à reportagem do Jornal Nacional que o prazo da dívida tem ligação direta com o risco que ela representa: financiamentos de até um ano são conservadores, mais fáceis de pagar; os de até três anos têm risco maior, mas ainda são considerados moderados. Quem assume dívida por mais de três anos é considerado um devedor agressivo. A exceção são os imóveis: bens caros, mas que se valorizam.
Informações de Jornal Nacional
FOTO: ilustrativa