A reunião regional européia da OIT reuniu representantes dos governos, trabalhadores e patrões de 51 países da Europa e da Ásia Central.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um apelo por mais “coordenação” e “solidariedade” entre os países para que o mundo saia o mais rápido possível da crise e volte a crescer, ao término de sua oitava reunião européia em Lisboa.
“A solidariedade e as ações coordenadas são essenciais para garantir uma recuperação duradoura do crescimento e do emprego”, estimou a OIT nas conclusões publicadas depois de quatro dias de trabalho.
Embora tenha sido adotado por unanimidade, o documento não escapou das críticas dos participantes; os representantes patronais o qualificaram de “pouco claro” para a opinião pública, enquanto funcionários o tacharam de “pouco audacioso”.
O ministro português do Trabalho, José Antonio Vieira da Silva, que presidiu o encerramento da reunião, defendeu que as conclusões devem refletir “a necessidade de uma recuperação econômica, um trabalho decente para todos e uma OIT forte”.
No texto final, a OIT, baseada em Genebra, pede uma “ação mundial coordenada e coerente para regulamentar o setor financeiro, com o objetivo de trazer a liquidez, a estabilidade e a eqüidade necessárias para um crescimento duradouro e estável das empresas e do emprego”.
Para ajudar os países mais vulneráveis a enfrentar a crise, a organização exorta de “forma urgente” a “novas formas de apoio financeiro ao investimento social”, julgando essencial que os países mais expostos ao impacto da desaceleração possam “manter os serviços sociais de base e os programas de combate à pobreza”.
Em seu discurso de abertura, na terça-feira, o diretor geral da organização, Juan Somavia, instou a Europa a desempenhar um “papel maior” diante da crise econômica mundial.
Somavia pediu “medidas fortes” para evitar uma “recessão social generalizada” na Europa. Segundo a OIT, a crise pode deixar mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sem emprego em 2009.
Agence France-Presse