Administração hamburguense esclareceu, em entrevista coletiva, situações como a dos valores da obra, que forçaram sua interrupção; erros matemáticos teriam sido encontrados no laudo do perito.
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De acordo com a Prefeitura de Novo Hamburgo, as obras do Hospital Municipal devem ser retomadas até o fim do ano.
A previsão foi feita por meio de uma entrevista coletiva concedida pelo Procurador Geral do município, Ruy Noronha, o diretor de Obras Públicas, Paulo Schmidt, e pelo engenheiro da Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos – SEMOPSU, Renato Baum (todos na foto), que resolveram informar o andamento de procedimentos que acabaram resultando na paralisação judicial da obra. A entrevista ocorreu no gabinete do prefeito Tarcísio Zimmermann, no Centro Administrativo Leopoldo Petry.
Segundo Schmidt, um dos principais aspectos que levaram a Administração a buscar informações sobre os valores da obra, o que ocasionou a sua interrupção, foi que, de 106 obras públicas licitadas e contratadas desde o ano de 2005, apenas a ampliação da casa de saúde apresentou valor acima dos relatados nos editais de licitação.
“As outras 105 tiveram valores abaixo do orçamento inicial”, destacou o diretor. Os valores previstos na licitação eram de R$ 3,4 milhões, enquanto o da vencedora do processo seletivo resultou em R$ 4,3 milhões.
Os engenheiros do município enfatizaram ainda que o orçamento da obra de ampliação foi objetivo de vários e detalhados estudos que confirmam que o orçamento do município é adequado. O parecer apresentado na entrevista coletiva contesta as conclusões do laudo elaborado pelo perito nomeado pela Justiça.
“Comprovamos em nosso parecer que o laudo do perito apresenta erros matemáticos, elenca custos excessivos em inúmeros itens e desconsidera parâmetros propostos pela própria empresa vencedora da licitação. É o caso do percentual de Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, em que a empresa calculou 18,05% na licitação e para o qual o senhor perito necessitou atribuir 36,82% para alcançar um valor que ainda assim ficou abaixo do valor contratado”, diz Schmidt.
Conforme o Procurador Geral do município, a vontade da Administração é de que até o fim do ano a obra seja retomada. “Mesmo que o processo judicial continue, a construção poderá ser reiniciada”, aponta Noronha.
Ao final do evento, o prefeito Tarcísio explicou que, por se tratar de um assunto técnico, as explicações ficaram com os integrantes ligados aos assuntos referidos. “Tenho acompanhado todo o andamento do processo e o passo a passo dos estudos e avalizo todo o encaminhamento da PGM e da SEMOPSU”, destacou.
Informações de Imprensa da PMNH
FOTO: divulgação / Robson Nunes