Reforma do Maracanã para eventos esportivos já demandou três empréstimos, o que totalizou uma soma R$ 787 milhões.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O governo do Rio de Janeiro prometeu que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 deixarão vários legados para a população. Porém, nem todos estes benefícios estão garantidos até esse momento. O que já se sabe, porém, é que ambos os eventos deixarão uma grande dívida para o estado. Atualmente o débito é de R$ 7,5 bilhões, o que equivale a cerca de 18% do que o governo arrecada por ano.
A quantia é soma dos empréstimos acertados pelo estado do Rio de Janeiro para pagar os compromissos assumidos por causa da Copa e da Olimpíada. Utilizando esse dinheiro, o governo fluminense vai arcar, entre outras coisas, com a reforma do Maracanã, a despoluição da Baía de Guanabara e a extensão do metrô carioca.
Até o momento, ao menos seis operações de crédito já foram acertadas com bancos brasileiros e internacionais para pagamentos de ações ligadas aos dois eventos esportivos. Todas chegaram a ser autorizadas por leis e aprovadas na Assembleia Legislativa do Estado. É importante ressaltar que isso não significa que elas tenham recebido o aval de todos os parlamentares da casa.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), por exemplo, votou contra o aumento das dívidas do Rio de Janeiro por conta da Copa e Olimpíada. Ele criticou a forma com que as dívidas estão sendo negociadas pelo governo.
“Na preparação para Copa e Olimpíada, o que estamos vendo é a corrida para gasto do dinheiro público”, informa. “Nós deputados votamos um projeto para autorizar o governo do Rio a tomar um empréstimo sem sequer saber das condições de pagamento. Isso é um absurdo”, completou.
Freixo também lembra que os financiamentos estão sendo contratados num momento em que as contas do Rio estão uma situação delicada. O estado é um dos grandes recebedores de royalties pagos por empresas que exploram o petróleo no Brasil. O pagamento, contudo, está em discussão na Justiça e pode mudar a qualquer momento. Isso porque Congresso Nacional já aprovou uma nova lei que muda a distribuição desses valores. Com a nova regra, o Rio perde uma receita de cerca de R$ 4 bilhões por ano, o que reduziria a capacidade de pagamentos das dívidas.
Informações de copadomundo.uol.com.br
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