Peça foi ficando cada vez menor e sensual, mas “andar sem calcinha não pega”, conforme professora de História da Moda.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Conforto é o item mais importante para 39,6% das brasileiras na hora de escolher uma calcinha, segundo pesquisa do Instituto de Estudos e Marketing Industrial – IEMI. Praticidade vem logo depois, com 15,2%.
O terceiro item mais relevante é até óbvio: o apelo sexual, para 13,2%, ou romântico, com 5,9%. Por isso, os modelos “fio dental” não são mais exclusividade das sex shops. O levantamento da IEMI foi feito com 1.100 consumidores de moda íntima do país.
“Com relação às lingeries, as mulheres se sentem mais confortáveis para ousar, pois o produto as permite mostrar aquilo que elas acham que devem”, explica o diretor do IEMI, Marcelo Villin Prado.
De olho nesta tendência, o Portal novohamburgo.org foi procurar como a calcinha evoluiu. Encontrou uma matéria feita pelo G1 com a rainha da bateria da Gaviões da Fiel, Tatiane Minerato, que experimentou modelos que vêm desde a virada do século 19 (fotos abaixo).
A reportagem destaca o exemplo da marca DeMillus, criada há cerca de 60 anos. Nos primeiros meses de 2011, registrou um crescimento de 40% nas vendas de fio dental, em comparação com o mesmo período de 2010. O modelo é o produto campeão de vendas de linhas destinadas a jovens. Em 2010, apenas esse tipo vendeu 262 mil peças, 4% das vendas de calcinhas vendidas pela marca naquele ano.
Sem calcinha?
A britânica Rosemary Hawthorne, autora do livro Por baixo do pano: a história da calcinha, afirma na obra que a evolução da mulher tem tudo a ver com a da peça íntima. “É fascinante constatar que, quanto mais as mulheres tiveram a chance de assumir as rédeas das próprias vidas, mais provocantes e sensuais foram se tornando as roupas de baixo que elas usavam”, afirma.
A tendência à redução do tamanho da calcinha sinaliza, então, que a peça tão importante do vestuário feminino caminha para o desaparecimento? A professora de História da Moda da Faculdade Santa Marcelina Miti Shitara, procurada pelo G1, descarta essa possibilidade.
“Essa história de andar sem calcinha não pega. É totalmente desconfortável e anti-higiênico. Além disso, o corpo desnudo é insípido. Precisamos sempre de algum acessório para torná-lo sensual, mesmo que ele seja pequeno ou transparente.”
Confira abaixo a evolução (e redução) da calcinha, com Tatiane Minerato:
Com informações de portal G1
FOTOS:
ilustrativa / GettyImages
reprodução / Raul Zito-G1