Em 2009 foram identificados casos em 74 países. Especialistas acreditam que a doença foi responsável pela morte de mais pacientes do que se contabilizou.
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A epidemia de gripe suína de 2009 matou cerca de 284,5 mil pessoas, quase 15 a mais que o total confirmado por testes de laboratório na época, aponta um novo estudo de um grupo internacional de cientistas publicado no jornal Lancet Infectious Diseases.
De acordo com o a Organização Muncial de Saúde – OMS, cerca de 18,5 mil pessoas morreram por causa da doença, mas o estudo sugere que o número pode ser ainda superior ao confirmado e chegar a 579 mil vítimas. A OMS informou que sua estimativa não necessariamente refletia a realidade dos infectados pela doença, uma vez que não contabilizava pacientes sem acesso aos sistemas de saúde e porque o vírus causador da grupe suína nem sempre é identificado após o óbito.
“Essa pandemia de fato causou muitas mortes”, diz a doutora Fatimah Dawood, do centro de Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, que liderou o estudo. “Nossos resultados mostram também a melhor forma de usar os recursos. Se houver uma vacina, precisamos ter certeza de que ela chegue às áreas onde a taxa de mortalidade tende a ser maior”, aponta.
A gripe suína, causada pelo vírus H1N1, infectou sua primeira vítima conhecida no México, em março de 2009. Em abril, a doença havia chegado aos Estados Unidos, quando foi detectada em uma criança de 10 anos. A partir de então, os casos começaram a ser diagnosticados ao redor do mundo, espalhando temores sobre o vírus, que reúne características das gripes suína, humana e aviária.
Em junho de 2009 foram identificados casos em 74 países, inclusive no Brasil. Especialistas acreditam que a doença foi responsável pela morte de mais pacientes do que se contabilizou. Uma das razões para isso é que algumas pessoas que contraíram a gripe não têm acesso à rede de saúde, o que fez com que a doença não fosse contabilizada pelas autoridades. Além disso, o vírus não necessariamente é identificado no corpo da vítima após a morte.
Informações de Estadão
FOTO: ilustrativa / tianguaemfoco