Navy Pillay avalia que tendência é de a situação piorar. São 14 mil opositores presos e mais de 12 mil pessoas fugiram.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Entre as cinco mil vítimas da repressão aos protestos na Síria iniciados em março, estão, no mínimo, 300 crianças. Os dados são da alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navy Pillay.
O número de cinco mil mortos não inclui as baixas do Exército sírio. O regime afirma que pelo menos mil militares perderam a vida nos confrontos.
O alerta foi feito nesta segunda-feira, dia 12, durante as eleições municipais. A oposição pede a renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, que convocou um boicote às votações.
Cerca de 14 mil opositores se encontram presos e mais de 12 mil pessoas já fugiram para nações vizinhas, segundo a comissária da Organização das Nações Unidas – ONU. Para Navy, a tendência é de a situação piorar.
O representante da França na ONU, embaixador Gerard Aurad, disse que o Conselho de Segurança é “moralmente responsável” pelas mortes, por não tomar medidas mais duras. A França, o Reino Unido e os Estados Unidos defendem a imposição de sanções rígidas ao regime de Damasco. Para o Brasil, o ideal é a busca do fim do impasse e do diálogo, mas há severas críticas às violações de direitos humanos na Síria.
A imposição de mais restrições à Síria esbarra em resistência da Rússia e da China, dois membros permanentes do conselho que já vetaram uma moção condenatória ao regime sírio no último mês. No último dia 22 de novembro, uma comissão da Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução crítica, sem efeito vinculante, contra a repressão síria. O Brasil votou a favor.
Informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / Reuters