Ministro do Trabalho afirma que “alguns setores não deram ainda o resultado, mas deverão dar”, sobre expectativa frustrada.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Foram criados 252.067 empregos com carteira assinada em maio deste ano, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira, dia 20.
O resultado mensal frustrou a expectativa do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que havia previsto para este mês um resultado superior a abril, quando foram abertas 272 mil vagas. “Alguns setores não deram ainda o resultado, mas deverão dar. Construção civil não foi tão forte quanto eu imaginava. Mas vai ser muito bom a partir do mês de julho”, disse o ministro.
Segundo dados do Caged, o emprego formal não bateu recorde para o período de janeiro a maio. Nos cinco primeiros meses de 2011, a criação de vagas formais somou 1,17 milhão. Neste caso, o governo considerou os empregos registrados após o prazo formal de envio para o período de janeiro a abril deste ano. O valor, porém, ficou abaixo do registrado em igual período do ano passado (1,38 milhão de vagas no conceito ajustado – englobando os empregos fora do prazo em 2010).
“Não considero desaceleração. Considero ajuste. Pode haver algumas adequações momentâneas do mercado. A área de emprego tem alguns efeitos diferenciados da economia. Quando o PIB em 2009 foi negativo, acabamos com mais de 1,7 milhão de empregos criados”, disse ele.
“Brasil virou uma Meca
de investimentos”
Segundo o ministro, os investimentos externos é que serão responsáveis por alavancar os empregos formais neste ano. “Como teve uma diminuição da oferta de recursos dos bancos públicos, houve uma ampliação de investimentos estrangeiros, o que não aconteceu em 2008 e 2009. O Brasil virou uma meca de investimentos. Todo mundo quer investir no Brasil”, afirmou ele.
Lupi avaliou que está havendo “substituição” de capital para investimento interno por externo. “Além disso, temos o Minha Casa, Minha Vida 2. E muitas obras do PAC recém iniciadas, que vão estar mais fortes no segundo semestre. Temos muitas obras que vão ser aceleradas na preparação para a Copa e para as Olimpíadas”, disse.
Em todo ano passado, os números do governo mostram que foram criados 2,5 milhões de empregos com carteira assinada no país, um recorde histórico. Porém, a meta foi atingida somente com mudanças no formato de divulgação dos dados do Caged – que passaram a incorporar, no mesmo ano, as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.
PÚBLICOS – Para 2011, primeiro ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, Lupi manteve a previsão de que serão criadas três milhões de vagas formais (novo recorde).”Em 2010, não tivemos emprego público. Vamos ter, no segundo semestre, mais empregos municipais, estaduais e federais. Têm vários setores com cursos já autorizados. Na área federal, vai ter menos, mas tem alguns autorizados”, declarou Lupi.
Informações de portal G1
FOTO: ilustrativa