VEJA COMO SERÁ! Projeto de restauração do antigo Lar da Medida, em Hamburgo Velho, prevê espaço para a instalação da Hamburgtec, que hoje funciona em imóvel alugado. .
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Com um só investimento, Novo Hamburgo pretende valorizar o passado e projetar o futuro. É a restauração do antigo Lar da Menina, em Hamburgo Velho (foto).
Tombado pelo patrimônio histórico, o prédio manterá as características originais, do Século 19, terá um centro cultural, mas abrigará também a Hamburgtec, centro de tecnologia e inovação que hoje funciona em imóvel alugado.
Isso tudo a partir de convênio firmado na semana passada entre a prefeitura e o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto custará R$ 3.219.458,39, dos quais R$ 1.999.714,75 são recursos federais e os outros R$ 1.219.743,64 sairão dos cofres municipais.
O Lar da Menina foi inaugurado em 1886, mantido por membros da igreja evangélica. Nos primeiros anos, serviu como internato para jovens hamburguenses. Hoje, sofre com a ação do tempo, ocupações irregulares e incêndios. A estrutura está comprometida, com risco de desabamento.
O prédio fica na avenida Maurício Cardoso. São mais de mil metros quadrados que, conforme o projeto de restauro, serão ampliados, com a construção de um anexo. A licitação deve ser aberta nos próximos dias e as obras começariam ainda em 2012, com previsão de conclusão em dois anos.
A restauração do Lar da Menina é parte do programa de revitalização do bairro Hamburgo Velho, o mais antigo do município. “Vamos promover a sustentabilidade, alocando empresas diferenciadas e gerando desenvolvimento econômico”, argumenta o prefeito Tarcísio Zimmermann (PT), lembrando ainda que a prefeitura conta com mais R$ 8 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma parceria o Iphan, o Ministério da Cultura e o governo do Estado abarca também convênio de cooperação técnica para preservação do patrimônio histórico.
Restrições
Engana-se, no entanto, quem pensa que a revitalização de Hamburgo Velho é unanimidade. Comerciantes temem que as restrições de acesso ao bairro possam atrapalhar os negócios. “Somos totalmente favoráveis à preservação da história, mas é preciso cuidar também do desenvolvimento econômico”, pondera Eduardo Etzberger, em entrevista ao Portal novohamburgo.org. Ele é proprietário de uma loja de móveis com 45 anos de atuação na rua General Daltro Filho. Para evitar danos às estruturas dos prédios históricos, a prefeitura limitou o trânsito de ônibus e caminhões.
Como ficará
FOTOS
Felipe de Oliveira / novohamburgo.org
divulgação / PMNH