Após 16 dias de greve, todas as agências do município voltaram a operar normalmente. Entre as conquistas, bancários comemoram reajuste salarial de 7,5% e combate ao assédio moral.
Cristiane Cunda [email protected] (Siga no Twitter)
Assim como em vários pontos do Brasil, bancários de todas as instituições financeiras de Porto Alegre e região estiveram reunidos no Clube do Comércio da Capital, na quarta-feira, dia 13, para decidir sobre continuidade ou não da greve.
Leia Mais
Bancos voltam ao funcionamento após duas semanas de greve
Os bancários acabaram aceitando as propostas de suas instituições e da Federação Nacional dos Bancos – Fenaban e deram fim a greve que durou 16 dias. O reajuste será de 7,5% no salário, além do mesmo percentual de aumento sobre as verbas fixas, como adicional de caixa, adicional de tempo de serviço e auxílio-refeição.
O percentual de reajuste representa aumento de 3,1% acima da inflação, para quem ganha até R$ 5.250,00. Acima desse valor, a entidade oferece aumento no valor fixo de R$ 393,75, garantindo reajuste mínimo de 4,29%.
Novo Hamburgo
Todas as agências bancárias públicas e privadas voltaram a funcionar nesta quinta-feira, 14, garante o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e Região, Joey de Farias.
“Nossa conquista foi satisfatória se comparada aos acordos feitos em anos anteriores. Mas se pesarmos o faturamento dos banqueiros, os excessos na nossa carga horária e o piso apontado pelo Dieese como o mínimo para sustentar uma família, se verifica que ainda ficamos longe do ideal. Mas podemos dizer que avançamos um pouco”, afirma Farias.
A reivindicação da categoria era de reajuste de 11%. Nesse valor, 4,29% são referentes a reposição da inflação e os bancários queriam 5% de aumento real, compondo assim o aumento de 11%.
ASSÉDIO MORAL – Deve ser incluído uma cláusula em Convenção Coletiva sobre o combate ao assédio moral dentro das instituições, com condenação por parte da empresa a qualquer ato de assédio e implementação de um canal de denúncias, com prazo para apuração e retorno ao Sindicato.
“Para nós isso é muito importante, será mais uma ferramenta para coibir o assédio moral que tanto perturba a vida dos bancários. Imagina você ter que agüentar todo dia ‘você não atingiu sua meta’, porque a cobrança de metas abusivas é também um grande problema, piorando as condições de trabalho dos funcionários da categoria”, conclui Joey Farias.
FOTO: reprodução / skyscrapercity