Eleições devem ocorrer em dois turnos, e os primeiros resultados vão ser anunciados domingo, dia 27. O segundo turno ocorrerá nos dias 16 e 17 de junho.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Pela primeira vez nos Egito, desde a renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak há 15 meses, 51 milhões de eleitores vão às urnas nesta quarta-feira, dia 23 e quinta-feira, 24, para escolher o futuro presidente.
As eleições devem ocorrer em dois turnos, e os primeiros resultados vão ser anunciados domingo, dia 27. O segundo turno ocorrerá nos dias 16 e 17 de junho. No total, 12 candidatos disputam as eleições.
Desde a renúncia de Mubarak, em fevereiro de 2011, uma Junta Militar governa o Egito. Manifestantes, no entanto, queixam-se do governo informando que há privilégios aos militares e dificuldades para pôr em prática medidas democráticas. Autoridades brasileiras acompanham o processo eleitoral no país e devem se manifestar oficialmente depois do segundo turno.
Há, ainda, dúvidas sobre o processo de transição política no país. O marechal Hussein Tantawi, chefe da Junta Militar, disse que pretende fazer a transmissão do cargo ao presidente eleito em junho.
País mais populoso do mundo árabe, o Egito tem 82 milhões de habitantes, que escolherão um entre 12 candidatos, depois de dez nomes terem sido rejeitados e uma pessoa ter desistido de concorrer às urnas. No país, situado no Norte da África, a votação termina por volta das 20 horas (15 horas em Brasília). As eleições ocorrem no momento em que o clima de tensão e revolta ainda persiste na região.
Os principais candidatos que estão na disputa são o secretário-geral da Liga Árabe e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Mubarak Amr Moussa, o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Chafiq, um religioso muçulmano, mas que se apresenta como independente, Abdel Moneim Abul Foutouh, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi.
Também concorrem à Presidência da República no Egito Hamdine Sabbahi (partido Nnacionalista Árabe), o religioso muçulmano Selim Al Awa e o ativista de direitos humanos Khaled Ali. Na última pesquisa de opinião, Shafiq aparece na frente com 19,3%, seguido por Mussa, com 14,6%, e Abul Fotouh com 12,4%. Mas 33% dos entrevistados se disseram indecisos.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Ahmed Jadallah / Reuters