Em viagem a Minas Gerais, conheci o empreendimento Vale Verde – Alambique e Parque Ecológico, a convite da Fiat, projeto FIATMIO. Fui um dos 30 participantes que foram escolhidos dentre dezenas de milhares de brasileiros que participaram, opinando de como deve ser este veículo (http://www.fiatmio.cc/). Este parque fica no município de Betim e disponibiliza um restaurante muito bonito.
Desde o convite até a entrada neste restaurante, alimentava a idéia de saborear a comida mineira; cada vez que imaginava, já estava salivando, tamanha era à vontade de lá estando, sentar à mesa e me fartar.
Quinta-feira à noite jantamos no Olegário Pizzaria e Forneria, mas nada da comida mineira; como teria ainda o almoço na 6ª feira, decidi esperar, mas sempre com o desejo de saborear esta comida. Paralelamente, no final desta quinta-feira visitei o irmão mais velho de minha mãe, tio Hélio, 93 anos, que serviu café preto e uns biscoitos de pão de queijo (imagine o pão de queijo, só que de forma retangular e tostado, crocante por fora, queijo derretendo por dentro), o que já saciou em parte minha grande vontade gastronômica.
Após percorrer toda a montadora Fiat, quer da estamparia até o teste final, conhecemos o PROJETO FIATMIO, conversando até com o diretor de designer da Fiat Italiana por videoconferência, fomos levados a este magnífico empreendimento Vale Verde para um almoço.
Lá chegando cadê a cachaça mineira? Pedi um “trago” e fui informado que não estava incluído no almoço, mas pela insistência sorvei um gole; já no bufê meu desejo é violentamente destruído porque não tinha pratos com a maravilhosa comida mineira; tinha somente um: costelinha de porco com quiabo. Tinha até moqueca (peixe) o que não é tradicional nas Minas Gerais.
Fazer o quê? Sentar e comer já que o restaurante de comida mineira não servia comida mineira, pelo menos neste dia. Foram falar com o responsável pelo restaurante e este disse que achava que não iríamos gostar da comida, mudando para uma comida trivial (sic).
Fugiu do seu foco, como muitos administradores, achando que o sucesso seria atingindo. Como tinha várias pessoas do Brasil e alguns mineiros, este almoço foi gol contra, principalmente para os que vieram de vários estados; para os de BH, acostumados com a comida, até acho que não ficaram frustrados, mas no fundo tenho a certeza que ficaram porque como é uma comida forte, não é todo o dia que a comem.
O que leva um administrador a fugir do seu foco? Será que ele perdeu ou ganhou com a mudança do cardápio? Com certeza eu não poderei indicar este local para saborear a verdadeira comida mineira e retornei com uma tristeza por estar no coração mineiro e não poder apreciar sua gastronomia.
Valeu o passeio, valeu a grande idéia da FIAT, mas fica aqui o puxão de orelha a todo administrador que muda o seu foco, perdendo o seu público-alvo.