VEJA OS GOLS! Derrota por 2 a 0 para o Mazembe gera clima de melancolia em Novo Hamburgo: da empolgação rumo ao bicampeonato mundial à decepção de um vexame histórico.
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Eles pintaram as ruas de Novo Hamburgo de vermelho. Desde as primeiras horas do dia, Inter era a palavra mais ouvida.
Colorados pelos quatro cantos da cidade não continham a alegria. Em cada esquina, uma bandeira. E não era para menos. Afinal, faltavam duas partidas para o bicampeonato mundial. O Portal novohamburgo.org acompanhou essa história.
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Em Abu Dhabi, 20 horas. No Brasil, 14 horas. A bola rola e o que era alegria vira ansiedade. Quando as imagens da Rede Globo começaram a chegar, a torcida já engolia os dedos. Os primeiros minutos até deixaram todo mundo mais tranqüilo. O Inter mostrava que poderia ser fácil a passagem pela ponte para a grande final. Era superior ao Todo Poderoso Mazembe, do Congo.
Fosse no bairro Primavera, na lancheria Tchakabun (foto abaixo), onde um grupo de amigos que se reuniu durante toda a campanha vitoriosa na Libertadores 2010 assistia o jogo, fosse no tradicional Xis do Nelson (foto acima), no Centro, onde colorados são sempre maioria, quando aquela bola que Kabangu bateu, logo aos sete minutos do segundo tempo, acabou no ângulo de Renan, ninguém acreditava.
Seria só um percalço. De virada é mais gostoso, diriam. O problema é que a naturalidade que se esperava que reinasse, virou surpresa. O Inter era irreconhecível em campo. De herói na conquista do bi da América, o técnico Celso Roth via o filme do vilão que protagonizara em outrora passar à sua frente. Os espectadores eram também torcedores. Em Novo Hamburgo, Porto Alegre… No Rio Grande do Sul. Aos 40 minutos, Kaluyituka decretou o “final infeliz”: 2 a 0.
Vexame histórico
É a primeira vez que um clube sul-americano perde as semifinais do Mundial de Clubes da Fifa, organizado pela entidade máxima do futebol nos moldes atuais desde 2005. Nas palavras do colorado Eli Potter, logo após o jogo, ao vivo na rádio Gaúcha, “na maior invasão de uma torcida intercontinental, a maior derrota intercontinental da história”.
Agora, é levantar a cabeça e tentar de novo no ano que vem. A Libertadores 2011 está aí e a rivalidade Gre-Nal, mais acesa do que nunca. A competição continental pode ser cenário para o embate de uma das maiores rivalidades do esporte: Inter e Grêmio tem chance de se encontrar. Resta saber se na casamata vermelha ainda estará Celso Juarez Roth.
Veja os gols nas imagens da Rede Globo:
FOTOS: Felipe de Oliveira / novohamburgo.org