Jogador do Internacional marcou os três gols da vitória brasileira sobre Portugal, por 3 a 2, e o Brasil é pentacampeão da categoria. O titulo brasileiro, que se junta aos de 1983, 1985, 1993, e 2003, teve um gosto de vingança da amarga derrota por pênaltis para os portugueses na decisão em 1991.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Três vezes Oscar e cinco vezes Brasil! Jogador do Internacional marcou os três gols da vitória brasileira sobre Portugal, por 3 a 2, e ajudou o Brasil a conquistar o pentacampeonato do Mundial Sub-20.Vitória, que se junta aos títulos de 1983, 1985, 1993, e 2003, teve um gosto de vingança da amarga derrota por pênaltis para os portugueses na decisão em 1991.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o técnico da Seleção principal, Mano Menezes, estiveram presentes e no estádio Estádio El Campín, na Colômbia, e acompanharam o show de Oscar. O camisa 11, que não havia feito um gol sequer na competição, guardou tudo para quando mais se precisou dele. Em uma decisão suada, o jogador colorado marcou um gol no primeiro tempo, outro no segundo e finalizou os portugueses com mais um gol na prorrogação.
O jogo começou com uma preocupação para os brasileiros: como vazar o goleiro Mika, que precisava apenas de mais 19 minutos sem sofrer gol para estabelecer um novo recorde em Mundiais Sub-20.
Mas a preocupação virou alegria logo aos cinco minutos, quando Oscar cobrou falta venenosa da intermediária, a bola desviou levemente na cabeça de Sergio Oliveira e entrou no canto direito de Mika. O gol acabou com um jejum de 619 minutos, vazou Portugal pela primeira vez na competição e manteve o recorde com o Brasil, que entre as edições de 1985 e 1987 ficou 634 minutos sem sofrer gol.
A alegria durou pouco e quatro minutos depois portugueses igualaram o placar. Nelson Oliveira escapou pela direita e cruzou rasteiro para o meio da área. Alex se antecipou a Danilo, que foi convocado para o amistoso da seleção principal contra Gana, e completou para empatar a decisão.
O gol de empate não abalou o Brasil, que no primeiro lance teve um gol não assinalado pela arbitragem. Após cruzamento, Nuno Reis cortou de cabeça, a bola quicou na frente de Willian e tocou na trave. Mika ainda se esticou para salvar a bola que chegou a ultrapassar a linha, com gol não assinalado pela arbitragem, evitando o que seria o segundo.
Depois de um inicio eletrizante, o jogo caiu de produção e as defesas começaram a levar vantagens sobre os ataques. Sem penetração, o Brasil só assustou novamente no fim do priemiro tempo. Aos 43 minutos, o zagueiro Juan arriscou de longe, a bola encobriu Mika e tocou na rede superior, mas pelo lado de fora.
Mas na final a modificação não surtiu o efeito esperado e Portugal virou o jogo aos 14 minutos. Nelson Oliveira avançou despretensiosamente sem ser incomodado por Juan e Casemiro. Sozinho, ele finalizou sem ângulo, mas contou com a colaboração de Gabriel, que falhou no lance e viu a bola passar entre as suas pernas.
Perdendo o jogo, Ney Franco chamou Dudu e colocou no lugar de Philippe Coutinho. Com uma postura ainda mais ofensiva, o Brasil empurrou os portugueses para seu campo. Mas era só os brasileiros ultrapassarem a linha que divide o campo que um batalhão de vermelho e verde se postava à frente.
O time de Ney Franco buscava alternativas, principalmente pelas laterais, mas muito nervoso não conseguia furar o bloqueio português. O nervosismo brasileiro transformou o jogo em confusão, quando o zagueiro Juan perdeu a cabeça e quase foi mais cedo para o chuveiro.
Se Juan estava nervoso, Dudu e Oscar estavam afim de infernizar a defesa adversária. Aos 33 minutos, a dupla entrou em ação, e o Brasil empatou o jogo. Pela esquerda, em mais uma jogada pelo lado do campo, Dudu mandou para o meio da área, Mika espalmou para o meio da área e Oscar completou para o gol vazio.
O gol devolveu a tranqüilidade e aumentou a confiança. Daí em diante foi pressão total. Dudu pela esquerda, Negueba pela direita, os chutes pelo meio… Mas todo o bombardeiro brasileiro não foi suficiente para vazar novamente a melhor defesa da competição e o jogo foi para a prorrogação.
No tempo extra, as duas equipes resolveram atacar. Com dois times abertos e muitos desgastados, os espaços apareceram. Em uma investida rápida, Caetano recebeu pela direita, entrou na área e, por preciosismo, tentou encobrir Gabriel, que se agigantou para salvar o Brasil e se redimir do lance do segundo gol de Portugal.
Em seguida, o Brasil também assustou. Danilo e Romerick dividiram, e a bola passou rente à trave de Mika. Danilo ainda tentou um golpe de misericórdia em chute de fora da área, mas Mika defendeu em dois tempos e evitou que Oscar aproveitasse novamente.
Só que aos 6 minutos do segundo tempo da prorrogação o goleiro português foi novamente surpreendido por Oscar. Em noite iluminada, o jogador colorado recebeu na lateral direita, carregou acompanhado pela marcação e fez um golaço. Tentando cruzar para a área, o camisa 11 brasileiro encobriu Mika, que ainda tocou com as pontas dos dedos, antes da bola entrar caprichosamente no seu ângulo direito. Golaço!
Depois do “vira” brasileiro, Portugal pressionou até o fim, mas o destino quis que Oscar fosse o herói brasileiro e o Brasil Pentacampeão Mundial Sub-20.
Ficha do Jogo:
FOTO: reprodução / GloboEsporte.com