Márcia Helena Costa da Silva teria mudado a versão do depoimento que deu à Polícia Civil e, por isso, a audiência foi interrompida.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em depoimento nesta terça-feira, uma ex-funcionária da boate Kiss disse ao juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo criminal sobre a tragédia de Santa Maria, que não estava na casa noturna na hora do incêndio, na madrugada de 27 de janeiro.
Márcia Helena Costa da Silva teria mudado a versão que deu à Polícia Civil e, por isso, a audiência foi interrompida.
O juiz vai apurar se houve irregularidades na Delegacia de Polícia (DP), como falhas na transcrição do depoimento da testemunha ou se a ex-funcionária, que auxiliava nos serviços da cozinha da boate, mentiu.
Os advogados de defesa dos quatro réus – os dois proprietários da casa noturna, Elissando Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e Marcelo Jesus dos Santos – solicitaram que fosse registrada uma notícia-crime sobre o fato.
O promotor do Ministério Público Joel Oliveira Dutra, que fez a denúncia contra os acusados, disse que a declaração terá que ser esclarecida.
No início do mês, a Justiça dividiu o processo que apura o caso da boate Kiss. Segundo o magistrado, o processo ficará separado em duas partes: uma para os acusados de homicídio e outra para os acusados de fraude de processual e falso testemunho. O incêndio, ocorrido em janeiro, causou a morte de 242 pessoas. Os quatro réus são julgados pelos óbitos. Eles respondem por tentativa de homicídio e homicídio qualificado.
Informações de correio do povo
FOTO: reprodução / ZH