Empresa de turismo de Santa Catarina confirma: cresceu a quantidade de visitantes europeus, americanos e canadenses, mas argentinos ainda são maioria.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Em Canasvieiras, Santa Catarina, antes considerada “praia dos argentinos”, ouve-se cada vez mais pessoas falando inglês.
A Santur, empresa estadual de turismo, confirma tanto a alta no número de visitantes europeus, americanos e canadenses, quanto a queda no fluxo de argentinos. Ressalta, porém, que eles continuam maioria entre os estrangeiros.
Os novos turistas são jovens e gostam de surfe e badalação. Muitos são mochileiros. Segundo funcionários de albergues, as praias Mole, da Barra, Joaquina e Jurerê Internacional são as preferidas desses visitantes.
O casal australiano Fergus Kavanagh, 25, e Fiona Pearce, 21, nunca tinha ouvido falar da cidade até começar o “mochilão” pela América Latina. “Todo mundo que a gente conheceu dizia que Florianópolis era imperdível”, diz Fergus.
Para o americano Joel Aho, 30, que trocou o Rio pela cidade, a segurança é um dos atrativos. “Todos me disseram que o Rio era perigoso, e eu não conseguia explorar a cidade. Aqui vou a todo lugar sem medo”, afirma. Na terça-feira, dia 04, um turista argentino foi assassinado em Canasvieiras. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi o primeiro caso de crime com morte de turista na cidade em dois anos.
O “sumiço” dos argentinos se explica pela relação cambial, de acordo com a argentina Alicia Martinez, 50. Há dois anos, o peso argentino valia cerca de R$ 0,65, segundo conversão do Banco Central. Neste ano, vale R$ 0,42.
Proprietária de uma pousada, Ana Luiza Boadoit afirma que, mesmo após a crise no país vizinho, em 2001, o estabelecimento continuava 100% ocupado por argentinos. Agora, porém, metade dos hóspedes são brasileiros.
Segundo o presidente da Santur, Valdir Walendowsky, o governo vem participando de feiras internacionais para apresentar o destino a europeus, americanos e canadenses. Walendowsky diz que eles gastam o dobro do que os sul-americanos, em média. “O mochileiro não tem, necessariamente, renda mais baixa.”
Informações de Folha.com
FOTO: reprodução / belasantacatarina