Navio com alimentos, água e remédios chegou à ilha Pagai do Norte nesta quinta-feira. Esperanças de encontrar sobreviventes diminuiu.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O balanço de vítimas do tsunami que arrasou várias ilhas indonésias na segunda-feira, dia 25, voltou a subir e chegou a 343 mortos nesta quinta-feira, 28, enquanto a ajuda começa a chegar às áreas afetadas.
O país também foi afetado na terça-feira, 26, pela erupção do vulcão Merapi, na ilha de Java, que deixou 32 mortos.
O material de socorro e ajuda começou a chegar às zonas mais afetadas das ilhas Mentawai, três dias depois do terremoto seguido por tsunami que abalou a costa oeste deste grupo de ilhas do Índico. Mas as esperanças de encontrar sobreviventes entre as pessoas desaparecidas diminuiu e o número de mortos subiu de 272 para 343 no balanço mais recente.
Um navio com alimentos, água e remédios chegou nesta quinta-feira, 28, a Sikakap, na ilha de Pagai do Norte, onde a falta de estradas em bom estado e os problemas de comunicação prejudicam muito as tarefas de emergência.
Agus Prayitno, responsável pela Agência Nacional de Gestão de Desastres em Sumatra Ocidental, acrescentou que “outras 379 pessoas estão desaparecidas” em decorrência do tremor de magnitude 7,5 na escala Richter e do tsnunami.
Além disso, cerca de quatro mil pessoas perderam suas casas, destruídas por ondas de até seis metros que adentraram em torno de 600 metros nas ilhas Mentawai, situadas próximo ao litoral de Sumatra.
Nesta quarta-feira, 27, chegou à ilha de Pagai, norte de Mentawai, o primeiro avião com ajuda humanitária, carregado com 16 toneladas de barracas, remédios, alimentos e roupas. As equipes de emergência, no entanto, estão tendo problemas para chegar a algumas das remotas ilhas.
Um grande número de desabrigados passou a última noite sem teto, diante da falta de barracas na região.
Falta de manutenção
A Agência de Meteorologia e Geofísica reconheceu que os sistemas de alarme de tsunami, dotados com bóias de detenção no mar, deixaram de funcionar há um mês devido à falta de manutenção.
“Não temos pessoal qualificado suficiente para supervisionar o funcionamento das bóias”, admitiu Fawzi, diretor dessa agência.
No entanto, as autoridades indicaram que o alerta teria sido inútil, pois as ilhas – um destino turístico para surfistas – estavam muito perto do epicentro do terremoto e as ondas atingiram-nas cinco ou dez minutos depois.
A falha onde aconteceu o terremoto é a mesma que, em 26 de dezembro de 2004, causou o tremor de magnitude 9,1 seguido de tsunami, que destruiu localidades litorâneas de nações banhadas pelo Oceano Índico e matou 226 mil pessoas.
À tragédia causada pelo tsunami somou-se a erupção de terça-feira do vulcão Merapi, na região central da ilha de Java, que deixou pelo menos 32 mortos, cerca de 100 feridos e quase 42 mil desabrigados.
A Indonésia fica sobre o chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de sete mil tremores anualmente, a maioria de baixa magnitude e não sentida pela população.
Informações de Veja
FOTO: Trisnadi/AP