Imprensa local define a causa de falecimento do marido da atual presidente argentina como parada cardiorrespiratória com morte súbitamorte súbita.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner morreu nesta quarta-feira, dia 27, aos 60 anos. De acordo com a imprensa local, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita.
Kirchner e sua mulher, a atual presidente argentina, Cristina, estavam desde o fim de semana em sua casa em El Calafate. O presidente teve de ser internado às pressas em uma clínica na cidade.
Com problemas cardíacos, Kirchner já havia sido submetido a duas cirurgias de urgência neste ano, em fevereiro e setembro, após serem detectadas obstruções em artérias coronárias.
Kirchner foi presidente da Argentina entre 2003 e 2007. Atualmente, era secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas – Unasul.
CARREIRA – Kirchner começou sua vida política em 1987, quando foi eleito prefeito da cidade de Río Gallegos, na Província de Santa Cruz. Ele conheceu a esposa, Cristina, durante a juventude e em 1975 os dois se casaram. O casal tem dois filhos, de 34 e 21 anos.
Enquanto Cristina já seguia carreia política em Buenos Aires, Kirchner foi eleito prefeito de Río Gallegos e depois, em 1991, foi eleito governador de Santa Cruz. Kirchner governou a província até 2003, após duas reeleições consecutivas, e foi esse cargo que impulsionou sua candidatura à presidência no mesmo ano.
Eleito presidente em 2003, Néstor Kirchner desistiu de concorrer à reeleição em 2007, apesar de estar em fim de mandato com uma popularidade de 50% – o mais alto nível de aceitação desde a restauração democrática, em 1983.
Na época, analistas políticos especulavam que ele havia favorecido Cristina Kirchner, que então ocupava uma cadeira no Senado, com a perspectiva de voltar ao poder em 2011 e garantir ao clã pelo menos 12 anos consecutivos no poder.
Mas as chances de o plano dar certo diminuíram com a queda da popularidade de Cristina, que se elegeu em 2007 com a maioria de votos em todas as regiões da Argentina, com exceção de Buenos Aires, a área mais rica e populosa do país.
Os bons índices de popularidade do início do mandato caíram pelas denúncias de corrupção contra o casal, pela incapacidade de controlar a inflação e pela tentativa de cobrar um imposto agrícola que desatou um conflito de meses com os ruralistas em 2008. Como é considerada marionete do marido, os desacertos do governo Cristina acabaram manchando a reputação de Kirchner.
Informações de portal Último Segundo
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