Ele nega que tenha influenciado nomeação de irmão para presidência de estatal, beneficiado Pernambuco e favorecido o filho.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A escolha de Clementino Coelho para a presidência interina da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf não teve qualquer ingerência de seu irmão, Fernando Bezerra, o ministro da Integração. A afirmação é do próprio Bezerra e foi feita nesta quinta-feira, dia 12.
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Durante depoimento no Congresso Nacional, o ministro disse também que o seu estado de origem, Pernambuco, não foi beneficiado com repasse de verbas e que seu filho, deputado Fernando Coelho, não foi favorecido com liberação de emendas parlamentares por seu ministério. A comissão representativa do Congresso Nacional, que atua durante o recesso parlamentar para deliberar quando deputados e senadores estão ausentes, foi convocada pelo presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP) a pedido do próprio ministro.
Apesar de a companhia ser subordinada à pasta comandada por Bezerra, o ministro explicou à comissão representativa do Congresso que Coelho foi escolhido para o cargo porque o estatuto da Codevasf prevê que, em caso de vacância do cargo de presidente, deve assumir o diretor mais antigo. Coelho assumiu o cargo de diretor em 2003, segundo o ministro
Bezerra também procurou se defender das acusações de que beneficiou o seu estado, Pernambuco, no repasse de verbas do ministério para a defesa civil em detrimento de outros estados afetados por desastres naturais, como Minas Gerais e Rio de Janeiro. “Quero explicar que o Ministério da Integração ao tomar essa decisão dos R$ 70 milhões o fez com base em estudos feitos não somente dentro do ministério, mas também do grupo de acompanhamento do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”, justificou.
“Não havia dotação dentro do PAC para iniciarmos a obra dessas barragens, então o governo determinou que se utilizassem os recursos da defesa civil para que as obras fossem licitadas. Foi uma decisão embasada em apontamentos técnicos.”
Segundo o ministro, a liberação de emendas parlamentares do filho por seu ministério também obedeceu a critérios técnicos e beneficiou 138 dos 221 parlamentares que apresentaram emendas. “E não é correto afirmar que apenas um teve 100% empenhado. Foram 54 os que tiveram 100% dos recursos empenhados”.
Informações de Agência Brasil
FOTO: José Cruz / ABr