Órgão busca criar cultura de paz no Rio Grande do Sul, traçando medidas para combater e erradicar este crime no estado.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Ministério Público do Rio Grande do Sul está elaborando um projeto de combate à tortura no estado. O objetivo é criar uma “cultura de paz” através da prática do diálogo.
O Comitê Estadual Contra a Tortura, que foi instalado nessa semana no Ministério Público, é composto por 20 membros, entre órgãos do poder público e privado, e tem como objetivo traçar medidas para combater e erradicar esse crime no estado.
De acordo com o órgão, os agentes da polícia são os principais autores desse tipo de crime. Atualmente, 32 casos de tortura estão sendo monitorados pelo Ministério Público. No entanto, a promotora de Justiça Cynthia Jappur acredita que a incidência desse delito seja maior.
O caso mais recente de tortura que se tornou público é o de apenados das Penitenciárias Regional e Industrial de Caxias do Sul, na serra gaúcha. No final do ano passado, 35 agentes penitenciários foram denunciados pela prática do crime contra os presos. De acordo com o Ministério Público, a tortura acontece com maior freqüência dentro de presídios e também por agentes policiais durante abordagens a suspeitos.
A promotora acredita que esses casos aconteçam por causa de falta de investimentos em segurança pública e também pela criação de uma cultura que muitas vezes ignora os direitos humanos.
Informações de Band
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